Garoto espancado por causa de assobio lembra crime no DF: 'Ainda sinto dor'
Ainda muito assustado e se refazendo do trauma, o adolescente de 14 anos que foi espancado por um vizinho durante uma partida de futebol no Núcleo Bandeirante, em Brasília (DF), diz que fica se perguntando o tempo todo as razões da violência. "Assim que eu caí, ele foi me batendo sem parar", disse o garoto em entrevista ao site brasiliense Metrópoles.
O ataque contra o adolescente ocorreu no último sábado (23), durante uma partida de futebol na quadra de esportes do bairro. O autor da agressão, identificado como Victor de Sales Batista, deve ser intimado para prestar depoimento à polícia nas próximas horas, segundo a Polícia Civil.
"A gente estava jogando futebol, jogando bola, numa boa. Era sábado, a gente estava aproveitando, não tinha nada para fazer. Uns 15 minutos depois ele apareceu", disse o adolescente em vídeo. "Não dava para correr, mas na hora eu pensei que ele não ia me bater. Mas aí ele veio para cima de mim e me bateu e eu caí no chão. Assim que eu caí, ele foi me batendo sem parar. Só fiquei tentando me defender. Principalmente a cabeça, que é mais importante. Ele deu chute, soco, pisou em mim. Depois ele saiu andando. E eu fiquei lá, parado, chorando. Eu fiquei pensando por que isso aconteceu comigo".
Segundo o adolescente, Batista não gostava de ouvir o garoto assobiando na porta de casa para avisar à mãe que estava chegando.
"Quando eu voltava do skate, do futebol, eu assobiava bem alto e gritava: 'Mãe, cheguei'. Ele reclamou comigo e chegou a ameaçar que ia me bater se eu continuasse assobiando".
"Eu perguntei por que você vai me bater? Você não é nem meu pai e nem minha mãe. E ele falou: 'Ah é? Então você vai ver'. Ele já me ameaçou umas três vezes. Só espero que a polícia faça justiça. Porque esse cara é um monstro. Ainda sinto dor. Minhas costas doem quando eu respiro, meu nariz também".
Após ter sido agredido, o adolescente foi encaminhado até a 11ª Delegacia de Polícia, que fica no Núcleo Bandeirante, e passou por exame de corpo de delito. Um boletim de ocorrência narrando as agressões foi registrado.
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