Polícia investiga se 'tribunal do crime' do PCC decretou morte de 4 jovens
A Polícia Civil investiga se um "tribunal do crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que domina o tráfico de drogas em São Paulo, decretou o assassinato de quatro jovens após um baile funk em Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista.
Os corpos, enterrados em valas clandestinas em uma região de mata na cidade de Ferraz de Vasconcelos, na divisa com Cidade Tiradentes, foram encontrados na noite de sexta-feira (20). O caso está sendo investigado pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa). Eles estavam desaparecidos desde a madrugada de quarta-feira (18), segundo o relato dos parentes.
Fontes ligadas à investigação ouvidas pelo UOL informaram que os jovens saíram do baile funk acompanhados por garotas. Uma delas procurou pessoas ligadas ao PCC para relatar um suposto caso de estupro, informaram os investigadores. Ainda segundo a polícia, um dos jovens rebateu a versão ao voltar para casa e dizer ao pai que ele e os amigos mantiveram relações sexuais com as garotas com consentimento.
O jovem então foi conduzido pelo próprio pai ao local onde estavam os membros da facção criminosa para que explicasse a sua versão. Contudo, foi levado de lá para o local onde foi condenado à morte pelo "tribunal do crime", ainda de acordo com os investigadores.
Segundo o boletim de ocorrência, os próprios parentes das vítimas identificaram a vala clandestina onde os corpos foram enterrados em um mutirão com o auxílio de moradores após denúncias. Em seguida, a Polícia Militar foi ao local.
Três dos jovens mortos foram identificados como Bruno Henrique Oliveira Santos, 18, Kelvin Renan Soares Goiano, 19, e Kauan Alves Bonfim, que tinha 19 anos. A quarta vítima ainda não foi identificada.
Questionada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) confirmou a localização dos corpos dos quatro jovens assassinados e informou que policiais civis estão em diligências para investigar o caso. "Foi solicitada perícia ao local e os familiares das vítimas foram ouvidos", informou.
Contudo, não forneceu detalhes sobre a investigação e a suspeita de envolvimento do PCC. "Mais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", informou um dos trechos da nota enviada pela pasta.
Mortos por "tribunal do crime" após desvio de R$ 500 milhões
Um outro "tribunal do crime" do PCC decretou a morte de dois integrantes da própria facção acusados de desviar ao menos R$ 500 milhões de garagens de ônibus de transporte alternativo, também na zona leste da capital paulista, conforme revelou Josmar Jozino, colunista do UOL.
Os mortos foram identificados como Gilmar Mendes dos Santos, o Giba, e Anderson dos Santos Martins, o Dinho. Os corpos foram encontrados no último domingo (22) no porta-malas de um Fiat Pulse abandonado em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
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