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Polícia prende segundo suspeito de matar idosa e diarista no Rio

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

12/06/2022 11h16

A Polícia Civil do Rio prendeu ontem o segundo pintor suspeito de participação na morte da idosa Martha Maria Lopes Pontes,77, e da diarista Alice Fernandes da Silva, 51, além de incendiar o imóvel de alto padrão no Flamengo, na zona sul do Rio, na última quinta-feira (9).

William Oliveira Fonseca, 33, se entregou na delegacia de Bonsucesso, na zona norte. A unidade acionou a DHC (Delegacia de Homicídios da Capital), responsável pelas investigações sobre o caso.

Fonseca já tinha um mandado de prisão por roubo e estava foragido desde 2017. Neste final de semana, o Tribunal de Justiça do Rio decretou um novo mandado de prisão contra ele pelos crimes de latrocínio, extorsão qualificada e incêndio.

William Oliveira Fonseca era procurado pela polícia - Divulgação - Divulgação
William Oliveira Fonseca era procurado pela polícia
Imagem: Divulgação

Na sexta-feira (10), Jhonatan Correia Damasceno já tinha sido preso na comunidade de Acari, na zona norte, onde morava, por suspeita de participação no crime. Segundo a polícia, ele confessou envolvimento. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos

Relembre o caso

Segundo investigações da DHC, na tarde de quinta-feira, por volta das 13h30min, William e Jhonatan Correia Damasceno invadiram o apartamento de Martha, e renderam as duas mulheres.

As vítimas foram amarradas, amordaçadas e feitas reféns.

Em seguida, Jonathan deixou a residência de Martha para descontar três cheques no valor de R$ 5.000 cada um, enquanto William permaneceu com as vítimas no imóvel.

Sempre de acordo com a polícia, com o dinheiro na mão, Jhonatan retornou ao apartamento. Em seguida, a idosa e a diarista foram mortas. As duas tiveram os pescoços cortados. Martha ainda teve o corpo carbonizado.

Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram que os suspeitos passaram cerca de três horas no prédio.

Nos vídeos captados por câmeras de segurança, os homens entram no prédio, às 13h32, sobem o elevador e depois fazem o mesmo caminho de volta, às 16h40, caminhando pela calçada.

Motivação do crime

Familiares das vítimas relataram que os pintores, que haviam realizado um trabalho no imóvel recentemente, já tinham tentado extorquir a proprietária.

Segundo um dos filhos de Alice, o bombeiro hidráulico Diogo Fernandes da Silva, 27, o serviço já havia sido pago, mas os dois pintores estavam exigindo mais dinheiro.

"O serviço foi feito e todo pago, mas eles estavam coagindo a dona Martha a dar mais dinheiro. A dona Eleonora, filha dela, contou que há 15 dias eles bateram lá contando uma história triste e querendo mais dinheiro. Em outro episódio, na última semana, eles foram lá novamente, desta vez só com a dona Martha, colocaram o pé na porta, a ameaçaram e a coagiram para levar mais dinheiro", disse.