Dom e Bruno: PF encontrou 'restos humanos', diz ministro da Justiça
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse hoje que a PF (Polícia Federal) informou ter encontrado restos humanos no local em que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips teriam sido enterrados, depois de serem sequestrados e mortos no início deste mês. O material será submetido a perícia. A corporação deve dar detalhes sobre as investigações em entrevista coletiva em Manaus hoje, às 20h30 (horário de Brasília).
A dupla foi assassinada após se deslocar de barco pelo rio Itaquaí após visita à Terra Indígena do Vale do Javari (Amazonas), território que é alvo de invasão por caçadores, pescadores e madeireiros ilegais. O desaparecimento foi notificado em 5 de junho.
A Funai (Fundação Nacional do Índio) informou, em reunião com órgãos do governo federal, que prestou apoio para tentar localizar os desaparecidos desde que tomaram conhecimento da notícia na segunda-feira (6), e que, na terça-feira (7), aumentou o efetivo envolvido nas buscas, com apoio de uma equipe composta por indígenas recém-contratados. Além da Funai, estiveram envolvidos nas buscas a PF, o Ministério Público Federal, as Forças Armadas e o governo do Amazonas.
Hoje, a PF informou que o pescador Amarildo da Costa Oliveira confessou que esquartejou e enterrou os corpos do indigenista e do jornalista. O pescador disse aos policiais que recebeu os corpos queimados, mas de forma que seria possível identificá-los. A Justiça do Amazonas determinou prisão temporária, por 30 dias, de Oseney da Costa de Oliveira, outro investigado pelo desaparecimento de Dom e Bruno. Ele foi preso ontem e passou hoje por audiência de custódia.
Corpos foram encontrados, diz Univaja
O assessor jurídico da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), Yura Marubo, afirmou hoje que os corpos do indigenista brasileiro e do jornalista inglês foram encontrados na tarde de hoje. "Recebemos com tristeza a informação que a Polícia Federal realmente encontrou os corpos do nosso companheiro de luta Bruno Pereira", disse em entrevista ao programa Alerta, da TV Crítica.
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