Topo

Esse conteúdo é antigo

Caso Dom e Bruno: policiais embarcam com restos mortais para perícia no DF

"Remanescentes humanos" foram encontrados na quarta-feira (15)  - Divulgação/PF
'Remanescentes humanos' foram encontrados na quarta-feira (15) Imagem: Divulgação/PF

Do UOL, em São Paulo*

16/06/2022 11h53Atualizada em 16/06/2022 13h28

Peritos da Polícia Federal embarcaram hoje, por volta das 11h (horário de Brasília), rumo a Brasília (DF), para realizar análise dos restos mortais encontrados no local das buscas do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips.

Os 'remanescentes humanos' foram encontrados ontem após a polícia levar um dos suspeito, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, até o local das buscas. Segundo o delegado Guilherme Torres, da Polícia Civil do Amazonas, "tudo leva a crer" que os restos humanos encontrados são de Dom e Bruno.

Para chegar ao local indicado por Amarildo, a equipe saiu de Atalaia do Norte e navegou por 1h40 pelo rio Itaguaí, depois caminhou por 25 minutos pela mata até encontrar a região onde o material foi desenterrado.

No depoimento à polícia, o pescador disse ter esquartejado e enterrado os corpos do indigenista e do jornalista. Os restos foram encontrados a mais de 3 km do local do crime.

Dom e Bruno teriam sido perseguidos por criminosos em uma lancha, que chegaram a realizar "disparo de arma de fogo" contra a dupla.

O jornalista e o indigenista estavam desaparecidos desde 5 de junho. Segundo a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), Bruno vinha sendo alvo de ameaças de garimpeiros, madeireiros e pescadores.

A entidade disse ainda que, inicialmente, a dupla se deslocou para visitar uma equipe de vigilância indígena próximo à localidade chamada Lago do Jaburu, nas imediações da base da Funai no rio Ituí.

No retorno, ainda de acordo com a Univaja, Dom e Bruno foram até a comunidade São Rafael, onde o indigenista tinha reunião agendada com o líder comunitário. De lá, a dupla partiu em uma embarcação para Atalaia do Norte, mas desapareceram antes de chegar ao destino combinado.

Envolvidos

Além de Amarildo, seu irmão Oseney de Oliveira, conhecido como Do Santos, foi preso, mas negou envolvimento no duplo homicídio. A PF não descarta o envolvimento de outras pessoas no crime.

No depoimento do pescador, ele diz que uma segunda pessoa o ajudou a esquartejar os corpos e acusou um terceiro de disparar contra Dom e Bruno. Ainda não se sabe quem seriam essas pessoas.

*Com informações de reportagens publicadas no dia 15/06 e 06/06