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PM é preso por atirar em militar do Exército em saída de boate no Rio

O cabo da PM David Trancoso Daniel - Reprodução
O cabo da PM David Trancoso Daniel Imagem: Reprodução

Ruben Berta

Do UOL, no Rio

18/06/2022 13h36

O cabo da PM David Trancoso Daniel foi preso em flagrante na madrugada de sexta-feira (17), acusado de atirar na cabeça do militar do Exército Willamis Cardoso da Silva, durante uma briga na saída de uma boate no bairro de Piedade, zona norte do Rio.

O militar foi levado pelo próprio PM para o hospital particular Pasteur, no Méier. Segundo o portal R7, ele teria sido transferido em seguida para o Hospital Central do Exército, em Benfica, em estado grave. O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste, mas ainda não houve retorno.

Segundo testemunhas que prestaram depoimento na 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), o caso ocorreu em meio a uma confusão que teria começado na boate Fábrica 40º e continuado do lado de fora, após os envolvidos serem expulsos do local.

Uma das testemunhas, amigo do militar, afirmou que o PM deu inicialmente dois tiros para o alto durante o tumulto. Um terceiro disparo foi o que atingiu Willamis na cabeça.

A mesma testemunha afirmou que nem ele nem Willamis conheciam o cabo, que é lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Jacaré, e estava à paisana.

No depoimento prestado na delegacia, David Trancoso Daniel afirmou que presenciou a confusão do lado de fora e que agiu em legítima defesa, ao tentar interferir no tumulto que ocorria entre dois grupos, com aproximadamente sete pessoas. O PM teve a pistola apreendida e foi encaminhado ao BEP (Batalhão Especial Prisional).

Audiência de custódia

Após audiência de custódia neste sábado, a Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão do policial. O juiz Rafael de Almeida Rezende entendeu que a manutenção da prisão serve para garantir a ordem pública, além da conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.

Na decisão, o magistrado afirmou ainda que o caso não se enquadra em legítima defesa e o depoimento das testemunhas foi corroborado pelas imagens das câmeras de segurança do local.