Universidade investiga aluno por ejacular em trabalho de doutoranda no PA
Uma doutoranda da UPFA (Universidade Federal do Pará) denunciou que um aluno ejaculou no trabalho de pesquisa dela, dentro de um dos laboratórios da universidade. O caso teria ocorrido na noite da quarta-feira e foi descoberto na manhã do dia seguinte; a universidade confirmou que investiga a denúncia.
A estudante teme ser identificada por medo de sofrer mais violências. Uma testemunha do caso revelou ao UOL, que o fato ocorreu no laboratório de oceanografia da universidade, em Belém.
Um aluno veterano do curso de oceanografia é o suspeito, mas as fontes ouvidas pela reportagem e a universidade não o identificaram.
"Ele foi o último que saiu do laboratório antes dela e, no dia seguinte, quando ela chegou, viu o trabalho sujo de sêmen".
O fato não seria isolado, pois o aluno é suspeito de cometer outros atos contra alunas do laboratório, todos de cunho sexual.
"Ele já vinha importunando alunas, desenhou imagens de pênis em uma foto delas, levou imagens de pênis para o laboratório em uma cartolina, tudo escondido. Teve também um episódio em que uma aluna achou estar sozinha no laboratório trabalhando e ele estava lá, provavelmente escondido. Ela alegou estar sozinha, mas ele saiu logo depois dela nas imagens das câmeras", relata a estudante.
Diante do fato, as alunas que utilizam o laboratório, segundo conta a testemunha, levaram o caso para o departamento de segurança da universidade e foram orientadas a procurar a Polícia Civil.
"Na delegacia, o delegado disse que isso não configurava crime", revelou a testemunha.
O que a universidade diz
Em nota, a Universidade Federal do Pará confirmou a ocorrência de uma denúncia de assédio a uma estudante da instituição e informou que já procedeu com a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar para apurar os fatos.
Ainda segundo a universidade, conforme o Regimento Geral da UFPA, a partir do processo poderá ser aplicada a penalidade de advertência, repreensão, suspensão ou exclusão ao estudante responsável.
A UFPA reforçou que repudia qualquer forma ou manifestação de violência em sua comunidade e que está prestando assistência às pessoas atingidas.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado e está sendo investigado por meio da Seccional Urbana do bairro do Guamá, em Belém. Diligências estão sendo realizadas para coletar maiores informações sobre o ocorrido. A corporação também vai abrir um procedimento para apurar a denúncia sobre a conduta dos policiais que atuaram no caso.
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