'Cantou? R$ 3': Motorista faz sucesso por 'cobrar' por ações de passageiros
"Bem-vindo ao carro do Marcelo! Sugestão: aperte o cinto e confira se o pagamento do seu seguro de vida está em dia, você vai precisar", diz, em tom de brincadeira, a plaquinha do carro do motorista de aplicativo de Belo Horizonte Marcelo Fabian Telles de Souza, 53, que vem acompanhado de uma tabela de preços para comportamentos apresentados dentro do veículo, desde cantar e pedir para ligar o ar condicionado até a contar piada.
Parece até uma forma intimidadora de receber os passageiros, mas Souza contou ao UOL que a descontração para a viagem é fundamental e a iniciativa tem ajudado a quem precisa de doações, já que qualquer valor a mais coletado com a brincadeira é repassado em forma de cestas básicas.
Trabalhando como motorista há seis anos, Souza explica a dinâmica das plaquinhas. Segundo ele, para quem reclama da música, o preço a se pagar é de R$ 5. Já para quem canta, o valor é R$ 3, mas se estiver afinado, basta R$ 1,50. Para abrir a janela, por exemplo, custa R$ 5, se fechar é R$ 10. Para quem gosta de contar uma piada, o valor é de R$ 5, e, se o motorista tiver que rir ou chorar, o valor é R$ 8 e R$ 15, respectivamente.
Apesar do sucesso, a ideia da plaquinha é recente, surgiu mais precisamente no final de junho, e contou com apoio dos passageiros e a ajuda de um amigo do motorista. "Comecei a comentar com alguns passageiros: 'Vou fazer uma plaquinha para colocar aqui'. Muitos deles apoiavam e pediam para que eu colocasse o cardápio musical do carro".
De acordo com o motorista, no início, um passageiro implicou com a ideia. "Um senhor achou ruim e disse que iria denunciar na plataforma, mas, na conversa, ele viu que era brincadeira", afirmou. "Ninguém tem reclamado, não. Até hoje a plataforma não entrou em contato falando sobre isso".
Souza estima que a cada dez passageiros, oito tiram foto da tabela de preços. "Muitos passageiros entram no carro e começam a rir sozinhos. Quando eu vejo que eles estão tirando foto, já pergunto: 'Tá tirando foto da plaquinha?', e eles perguntam se pode e explico a história dela".
O motorista relatou que o item faz sucesso. "Já entraram passageiros no carro falando: 'É o carro da plaquinha? Que legal!'.
Doação
Apesar da plaquinha ser uma brincadeira, Marcelo Fabian Telles de Souza conta que percebeu que as gorjetas aumentaram. Por isso, teve a ideia de comprar cestas básicas para quem precisa.
"Tive a ideia de juntar os valores para doar e comprar cesta básica. As doações são aleatórias. Quando vejo alguém na rua precisando, ajudo".
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