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Empresário morto a tiros de fuzil em Porsche tinha dívida de R$ 500 mil

Empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, 35, foi morto a tiros em Ribeirão Preto (SP) - Reprodução/ Facebook
Empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, 35, foi morto a tiros em Ribeirão Preto (SP) Imagem: Reprodução/ Facebook

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

05/10/2022 20h38Atualizada em 06/10/2022 07h53

Com a quebra do sigilo telefônico e andamento das investigações da Polícia Civil, a família do empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, 35, de Ribeirão Preto (SP) espera encontrar respostas para o assassinato do rapaz. Mazzuca Filho foi morto a tiros de fuzil e pistola quando saía de uma academia na zona Sul da cidade, na quinta-feira (29). Até o momento ninguém foi preso.

Ana Claudia Mazzuca, irmã do empresário, disse ao UOL que o Mazzuca não comentou com os familiares se vinha sofrendo ameaças. Segundo ela, todos ficaram surpresos com o crime e com a brutalidade da ação.

"Quem tem um fuzil em casa? Não sabemos se ele tinha alguma rixa na cidade, algum desafeto ou qual a motivação do crime. Não temos nem um norte sobre o que pensar nesse momento. Acreditamos que com a quebra do sigilo telefônico alguma pista possa aparecer a esperamos que, nos próximos dias, a polícia consiga nos dar respostas", disse.

Ainda segundo Ana Cláudia, hoje pela manhã ela, a mãe e a irmã prestaram depoimento na Polícia Civil, com outras sete testemunhas, entre amigos do empresário e funcionários da academia onde o crime aconteceu. Mais pessoas deverão ser ouvidas nos próximos dias.

"Muito se fala nas redes sociais sobre os possíveis motivos de terem executado o meu irmão, mas de concreto não sabemos nada e nem a polícia sabe ainda. O que sabemos é que com o acesso às ligações que ele fez e recebeu, novas pessoas serão chamadas para prestar depoimento", acrescenta.

Dívida de R$ 500 mil

O empresário, dono de um bar e de uma loja de revenda de carros e pneus, fez duas aberturas de crédito no ano passado com a mesma instituição bancária, sendo uma de R$ 200 mil e outra de R$ 300 mil. No entanto, a dívida não foi paga e o valor foi cobrado judicialmente pelo banco.

"Ele é empresário e trabalhava diretamente com o público. Acreditamos que ele fez os empréstimos devido à crise que a pandemia gerou. Em nada tem relação esse fator com o crime", diz Ana Cláudia. "As pessoas estão tentando desviar o foco para coisas que não fazem sentido", acrescentou.

Quieto e reservado

Ainda segundo Ana Cláudia, seu irmão morava com a mãe e o padrasto e não era de dar detalhes sobre sua vida particular. Ele namorava uma mulher da cidade, porém a moça não é conhecida dos familiares.

"A gente sabe que ele namorava, mas ela não era uma pessoa próxima da gente, não temos contato com ela. Isso é outra coisa que as pessoas andam falando, que ele era mulherengo, mas nada justifica o que fizeram", diz.

O crime

O empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, 35, foi morto a tiros enquanto saía de uma academia, em Ribeirão Preto (SP), no dia 29 de setembro. Um fuzil foi usado no crime, tratado pela polícia como uma execução com envolvimento de três pessoas - dois atiradores e um terceiro indivíduo dirigindo o carro da fuga. O ataque foi gravado por câmeras de segurança, mas nenhum suspeito foi preso até o momento.

Segundo a ocorrência, o empresário estava no estacionamento, que fica em frente a uma academia no Jardim Nova Aliança, conversando com a namorada, de 29 anos. Em seguida, os dois se despediram e cada um entrou em seu carro. Mazzuca Filho foi para seu Porsche 911, alvejado por ao menos 35 disparos de fuzil e pistola, alguns deles ferindo-o fatalmente.

Nas imagens da câmera de segurança da academia, é possível ver que o empresário entra no veículo e logo em seguida um carro branco se aproxima e para atrás do automóvel de Mazzuca Filho.

Dois homens armados, um deles com um fuzil, descem e passam a atirar contra a vítima. Durante a ação, um dos atiradores retorna para o carro, pega outra arma e se aproxima pelo lado do motorista, onde estava Mazzuca Filho. Em seguida, os dois homens retornam para o automóvel e fogem.