Mãe revela fala da filha após morte em motel: 'Matei o amor da minha vida'
A mãe de Marcella Ellen Paiva Martins, 31, presa na semana passada pelo assassinato do noivo, Jordan Guimarães Lombardi, 40, em um motel do DF, disse ainda estar muito abalada com o ocorrido. Em entrevista ao programa Balanço Geral, da Record TV, exibida hoje, Malu Martins deu detalhes sobre o contato que teve com a filha após o crime.
"A primeira pessoa que ela ligou foi para mim. Ela falou: 'mãe, eu matei o homem da minha vida, o amor da minha vida'. Eu disse para se acalmar", conta a mulher.
Em seguida, Malu perguntou onde Marcella estava, pois queria ir ao encontro da filha. A modelo, entretanto, disse não saber a localização por estar "totalmente transtornada". Ela pediu que a filha compartilhasse a localização, mas acredita que a modelo tenha ficado sem sinal, o que encerrou a comunicação entre as duas.
Segundo a Polícia de Goiás, a suspeita foi detida após ser denunciada por uma tentativa de roubo na BR-070, enquanto tentava fugir para São Paulo. A versão da defesa da modelo é de que Marcella pegou carona em um caminhão até que o motorista, assustado, parou para abastecer e fugiu do veículo. Cansada e emocionalmente abalada, ela teria decido se entregar.
"Eu fiquei desesperada. Foi o momento mais difícil da minha vida como mãe", afirmou a mãe de Marcella. A mulher disse, ainda, que ficou confusa com as informações de que o casal havia ido para um motel com a presença de um garoto de programa.
"Se eles já tinham combinado com a gente de vir aqui, que nós íamos jantar para acertar os detalhes do casamento, na quinta-feira, como é que eles foram parar em um motel e convidaram [...] outra pessoa?", ressaltando que não tem informações sobre os detalhes que envolvem a terceira pessoa no quarto. "Isso mudou tudo na minha cabeça".
Malu afirmou não acreditar que o genro assassinado seja vítima e que existe "alguma coisa a mais" que explique o crime. Segundo sua versão, a filha e o genro haviam dito não estarem mais usando entorpecentes, mas que a volta ao uso seria a explicação para que o casal fosse para um motel usar "tanta droga".
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"Se ela não tivesse tão alterada pelas drogas, eu acho que, naquele momento, ela não teria tomada essa atitude. Ela não teria ido para aquele lugar, ela não teria chegado nessas vias de fatos".
O estado de Marcella e Jordan quanto aos entorpecentes no momento do crime foi relatado pelo garoto de programa. "Assim que eu cheguei lá, que eu vi o clima de briga e um monte de droga, os dois usando muito, eu já estava pressentindo que ia dar alguma coisa", disse o garoto de programa Gabriel Mendes, 25, em entrevista anterior à Record.
Relembre o caso
O caso da bacharela em direito repercutiu nacionalmente por conta dos detalhes inusitados de sua fuga após a morte do noivo, atingido por um tiro de arma de fogo no olho, na madrugada do dia 9.
Após atirar contra Jordan dentro de um quarto de hotel em Brasília, ela teria fugido do local, nua e usando o veículo do noivo, um Audi Q7. Como o carro, que pertence à empresa da vítima, é rastreado, ele parou de funcionar cerca de seis quilômetros depois.
Segundo Johnny Cleik Rocha da Silva, advogado de Marcella, na tentativa de continuar fugindo, ela teria abordado duas vans escolares, sem sucesso, antes de "pegar carona" em um caminhão que a conduziu até Girassol (GO), onde o motorista, assustado, parou em um posto de gasolina e fugiu correndo. Cansada, ela decidiu se entregar.
O casal havia se conhecido há dois anos, em São Paulo, para onde a suspeita tinha se mudado em busca de "tentar a vida como modelo". Jordan trabalhava na capital paulista como sócio de uma empresa de consultoria empresarial norte-americana.
O crime é investigado pela 11ª Delegacia de Polícia do Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal.
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