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Viúva suspeita de planejar assassinato de fazendeiro é presa no Paraná

Elisângela é suspeita de participação na morte do marido, segundo a polícia - Reprodução/ Facebook
Elisângela é suspeita de participação na morte do marido, segundo a polícia Imagem: Reprodução/ Facebook

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

24/11/2022 19h41Atualizada em 25/11/2022 11h59

A dona de casa Elisângela Silva Paião, 47, foi presa preventivamente hoje, em Londrina (PR), após ser indiciada pela Polícia Civil do Estado de São Paulo por tentativa de homicídio qualificado. Ela é suspeita de envolvimento no assassinato do próprio marido, o agropecuarista Airton Braz Paião, 54.

O agropecuarista foi morto a tiros pelo soldado da Polícia Militar Marco Francisco do Nascimento, 30, enquanto estava internado na Santa Casa de Presidente Prudente (SP), em setembro. O soldado se matou com um tiro na sequência. Dias antes, Paião havia sido atraído para uma emboscada e foi baleado. Segundo a polícia, Elisângela e o soldado da PM mantinham um relacionamento extraconjugal.

O delegado Henrique Gasques explica que havia um mandado de prisão contra Elisângela e, por isso, ela compareceu voluntariamente a uma delegacia da Polícia Civil de Londrina. A dona de casa ficou presa em uma cadeia da cidade.

"Concluímos o inquérito e a Polícia Civil indiciou Elisângela por homicídio qualificado tentado. Representamos pela prisão preventiva e após manifestação favorável do Ministério Público, o juiz acolheu o pedido e decretou a prisão dela", explica o delegado.

A Justiça também decretou a prisão preventiva de um homem de 47 anos suspeito de envolvimento no crime. Segundo a polícia, ele participou da emboscada que resultou na tentativa de assassinato contra o agropecuarista. O suspeito já estava preso temporariamente na Cadeia de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, e será transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá, também no interior paulista.

Defesa

Em nota, a defesa de Elizângela se posicionou contra a decisão. "Iremos, mais uma vez, adotar as medidas judiciais cabíveis, invocando os preceitos legais adequados para buscar revogar a decisão que, sob nossa ótica, é equivocada. Importante destacar que a Sra. Elizângela sempre esteve à disposição da Justiça, o que se corrobora pelo fato de que a mesma, após ter ciência da decisão em questão, apresentou-se espontaneamente à autoridade local competente, acompanhada de seus defensores, para cumprimento da ordem de prisão proferida", disse o comunicado assinado por Fellipe Stabelini Anabuki, Jair Vicente da Silva Junior e José Carlos Mancini Junior."

Entenda o caso

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Airton foi morto por policial militar; Elisângela teria envolvimento no crime
Imagem: Reprodução/ Facebook

O agropecuarista Airton Braz Paião foi alvo de uma tentativa de homicídio, na área rural de Iepê, no dia 21 de setembro. Ele foi atraído até o local em uma emboscada e levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas.

Apesar dos disparos, Paião se fingiu de morto e, após os atiradores deixarem o local, conseguiu pedir ajuda. O homem foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Presidente Prudente, cidade vizinha.

Três dias depois, enquanto estava internado, o agropecuarista foi morto a tiros pelo soldado da Polícia Militar Marco Francisco do Nascimento, 30, que se matou com um tiro na cabeça, em seguida, ainda dentro do hospital.

O PM entrou no quarto em que o agropecuarista estava, falou com uma irmã de Paião e pediu para que ela se retirasse do local, com o pretexto de estar acompanhando as investigações da tentativa de homicídio contra a vítima.

O fato de Elisângela não estar presente no velório do marido chamou a atenção dos policiais. Além disso, em depoimento logo após o crime, ela contou aos policiais que mantinha um relacionamento extraconjugal com o policial militar que cometeu suicídio.

Elisângela era casada com o agropecuarista há cerca de 25 anos. Juntos, o casal teve dois filhos, um de 24 e outro de 17 anos.