RJ: Adolescente cai de BRT e morre após alertar família sobre ônibus lotado
Familiares do estudante Eduardo Bandeira de Mello, 16, pedem justiça após o adolescente cair de um BRT e morrer dias depois. O ônibus articulado estava lotado e em movimento, na zona oeste do Rio de Janeiro. O acidente aconteceu na quinta-feira (24), dia em que o estudante foi internado, e ele morreu ontem.
Eduardo seguia para a casa da namorada quando caiu do BRT e bateu a cabeça no chão. O adolescente sofreu traumatismo craniano e teve algumas costelas quebradas.
Ele estava internado no Hospital Pedro Segundo em coma induzido, com quadro de saúde muito grave. Através das redes sociais, parentes e amigos se uniram em uma campanha pedindo por doação de sangue.
Hoje pela manhã, o irmão Gabriel Bandeira de Mello esteve no Instituto Médico Legal de Campo Grande, na zona oeste, para fazer a liberação do corpo de Eduardo. Ele conta que dias antes do acidente, o adolescente chegou a comentar sobre a lotação dos ônibus do BRT.
"Ele fazia esse trajeto há mais ou menos um ano. Toda semana ele ia pra casa da namorada. Na terça-feira, ele comentou no jantar para minha irmã: 'Nossa, todo mundo vai pendurado, vai gente em cima do BRT. Tem gente que vai na porta, pendurado e vai muito rápido'. E aí na quinta acontece isso com ele", disse Gabriel, em conversa com o UOL.
Segundo a Mobi-Rio, responsável pelo sistema do BRT, "o passageiro sofreu a queda após forçar a porta do articulado para abri-la no corredor Transoeste, segundo testemunhas relataram ao motorista". A família contesta a nota emitida e cobra fiscalização.
Mesmo depois da morte dele, a gente vê BRT circulando com portas abertas. O BRT anda em alta velocidade e ninguém fiscaliza, ninguém multa. Se cada ônibus que andar com porta aberta de fato recebesse multa isso não acontecia, mas eles querem gastar menos e lucrar mais. Gabriel, irmão de Eduardo
Nas redes sociais, muitos amigos e familiares lamentaram a morte precoce de Eduardo. "Ele era muito querido. Se as pessoas conhecessem ele, iam ver como irá fazer falta. Está sendo complicado. Lá em casa a gente não sabe o que fazer. Nós queremos justiça", finaliza Gabriel.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.