O que se sabe sobre caso de gestante amputada após parto no RJ
A jovem grávida que teve a mão e o punho amputados depois de se internar para dar à luz ao terceiro filho ainda busca explicações sobre o que levou à perda de parte de seu braço. O caso foi divulgado apenas essa semana, depois de a família encarar o silêncio de médicos por meses após a amputação.
Gleice Kelly Gomes, 24, deu entrada em 9 de outubro no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, quando estava com 39 semanas de gestação. Assim que o bebê nasceu, no dia 10, os médicos da unidade particular identificaram uma hemorragia grave na paciente, que tinha passado por um parto normal sem complicações.
No Hospital de Jacarepaguá
- Ao identificar o problema, a equipe decidiu fazer um acesso para facilitar a passagem de medicamentos.
- Em menos de 12 horas, Gleice começou a sentir "ardência" e viu a mão ficar roxa e inchada.
- Médicos teriam dito que sintomas eram causados pelo acesso, que ficou "muito tempo" no mesmo braço.
- Ainda assim, eles só mudaram o cateter de lugar algum tempo depois, quando os dedos ficaram arroxeados, segundo a paciente.
- Hemorragia ainda estava ativa e hospital, que não tem UTI, providenciou a transferência de Gleice.
Por volta de meia-noite do dia 12 de outubro, a paciente chegou ao hospital de São Gonçalo, na região metropolitana no Rio. A unidade perguntou para a família o que estava acontecendo com a mão da paciente, já que o hospital anterior não deu detalhes sobre o quadro de saúde.
Com as preocupações ignoradas em Jacarepaguá, a família não soube dar mais detalhes. Além da mão roxa, o punho esquerdo também estava arroxeado.
No Hospital de São Gonçalo
- Quatro dias após transferência, o marido de Gleice recebeu uma ligação dizendo que ela precisaria amputar a mão e o punho.
- Segundo Marcio Barbosa, 29, "ninguém soube explicar" o que levou à perda de parte do braço.
- Ela passou duas semanas na unidade, completando 18 dias internada.
Após alta
- Gleice, que trabalha como fiscal de caixa de um supermercado, está de licença maternidade.
- Já o marido, profissional de construção civil, precisou se demitir para cuidar da esposa e dos três filhos.
- Hospital de Jacarepaguá, onde a mulher deu à luz, enviou nota ao UOL declarando "que está totalmente solidário com a vítima".
- Direção da unidade disse que apoia a investigação interna, feita pelo Comitê de Ética Médico.
- O companheiro da paciente afirma que o hospital só entrou em contato após a divulgação da história, essa semana.
- Caso foi registrado pela 41ª DP (Tanque) como lesão corporal culposa.
- Policiais ainda ouvem testemunhas e analisam documentos médicos.
- Cremerj foi acionado para investigar responsabilidade dos envolvidos.
- A advogada da família entrou com uma ação civil contra o hospital, pedindo indenização à vítima.
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