Topo

Esse conteúdo é antigo

Corpos carbonizados em rodovia eram de cabeleireira e dos três filhos

Corpos encontrados em carro carbonizado eram de Elizamar e três filhos - Reprodução/Facebook
Corpos encontrados em carro carbonizado eram de Elizamar e três filhos Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

19/01/2023 19h02Atualizada em 19/01/2023 19h02

Os quatro corpos carbonizados encontrados em um carro na rodovia GO-436 eram da cabeleireira Elizamar da Silva, 39, e de seus três filhos — os gêmeos Rafael e Rafaela, 6, e Gabriel, 7, segundo a Polícia Científica de Goiás. A identidade foi confirmada por meio de um teste de DNA e análise da arcada dentária de duas das crianças.

Elizamar da Silva, 39, foi pela última vez na quinta-feira (12). Ela teria ido até a casa dos sogros buscar o marido, Thiago Belchior, 30, mas sumiu após a visita, acompanhada apenas dos três filhos.

Antes, a família da mulher afirmou que o companheiro de Elizamar disse que ela foi embora após uma discussão entre os dois. A versão teve uma reviravolta um dia depois, quando um carro semelhante ao dela foi encontrado carbonizado em Cristalina (GO), com quatro corpos dentro.

Após a descoberta, os sogros, o marido e a cunhada da cabeleireira também não responderam mais aos contatos, e foram registrados como desaparecidos no domingo (15). Hoje mais cedo, a Polícia Civil informou que o corpo encontrado ontem em um cativeiro em Planaltina (DF) era de Marcos Antonio Lopes de Oliveira, 54, sogro de Elizamar.

Além dos cinco corpos já identificados, a Polícia também está investigando a identidade de outros dois corpos que foram localizados em um carro carbonizado em Unaí (MG), em 14 de janeiro.

A motivação e autoria do crime permaneceram um mistério por alguns dias, até que dois homens foram presos por ligação com o caso. Os suspeitos, de 49 e 56 anos, são investigados por extorsão qualificada para homicídio e associação criminosa, mas, até o momento, as identidades das vítimas carbonizadas não foi oficialmente confirmada.

Um terceiro suspeito de 34 anos também foi preso suspeito de participar da vigilância das vítimas enquanto elas eram mantidas em cárcere. "A investigação caminha no sentido de que o Marcos, chefe da família, havia recebido uma quantia. Tem uma hipótese também da Renata, esposa do Marcos, ter vendido o imóvel e de posse dessas informações eles [suspeitos] simularam um cativeiro onde começaram a extorquir as vítimas. Com a negativa, eles resolveram matar um por um", disse o delegado do caso, Ricardo Viana, ao "Brasil Urgente".

Anteriormente, um dos suspeitos presos no Distrito Federal afirmou que Thiago e seu pai, Marcos Antônio, foram mandantes do crime. Ele alegou que receberia o valor de R$ 100 mil pela execução de Elizamar, seus filhos, sua sogra e sua cunhada. Em depoimento à polícia, obtido pela Record TV, o homem diz que estrangulou as vítimas com o cinto de segurança, antes de atear fogo aos carros. Já a Polícia Civil de Goiás disse duvidar de que pai e filho sejam os mandantes do crime. À rádio CBN, a corporação afirmou que os dois "não teriam motivos" para encomendar as mortes.

O caso segue sendo investigado.