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Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa é expulso da PM do Rio de Janeiro

O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco - Marcelo Theobald/Agência O Globo
O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco Imagem: Marcelo Theobald/Agência O Globo

Do UOL, em São Paulo

09/02/2023 09h11Atualizada em 09/02/2023 12h25

Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foi expulso da PM (Polícia Militar) do Rio de Janeiro.

Segundo a corporação informou ao UOL, a decisão de expulsar o sargento reformado foi tomada ontem.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Lessa, que informou que ainda não tomou ciência da decisão, mas recorrerá caso a expulsão tenha sido consumada.

Na última segunda-feira (6), a Justiça do Rio de Janeiro negou recurso da defesa e manteve as prisões preventivas de Lessa e do ex-policial militar Élcio Queiroz, que também é acusado dos assassinatos.

O pedido dos advogados alegava excesso de prazo para o marcar o julgamento. Para o juiz Gustavo Gomes Kalil, no entanto, a demora se devia "aos sucessivos recursos contra a sentença de pronúncia".

Em agosto passado, a 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro também condenou Lessa por tráfico internacional de armas. A esposa dele, Elaine Pereira Figueiredo, foi absolvida do caso.

A pena determinada contra o militar foi de cinco anos de prisão pela importação de 16 peças de fuzil em 2017, apreendidas vindo de Hong Kong no Aeroporto Internacional do Galeão.

Quem mandou matar Marielle?

O policial militar reformado Ronnie Lessa é acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes a tiros em 2018. Ainda não se sabe por que e quem mandou matar Marielle. A força-tarefa do Ministério Público tenta desvendar quem foi o mandante do crime.

A ficha criminal do sargento aposentado inclui investigações por suspeitas de ligação com o jogo do bicho e sofreu um atentado a bomba ao sair do batalhão. O crime, que levou o policial a perder uma das pernas, teria sido um acerto de contas entre bicheiros do Rio. Segundo a Polícia Civil, a investigação sobre o atentado está arquivada desde 2013.

Lessa também é investigado por tráfico internacional de armas. O ex-policial é suspeito de comprar peças de armas da China e enviar para os Estados Unidos, onde a sua filha morava.