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Falso massagista é preso pela 2ª vez por abuso sexual de clientes no Rio

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio

23/02/2023 16h24Atualizada em 24/02/2023 12h25

Um homem que se passava por massagista foi preso pela segunda vez suspeito de abusar sexualmente de suas clientes, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu:

  • Matheus Calainho Cyranka, 28, foi detido na manhã de hoje e já havia sido preso pelo mesmo crime em 2021.
  • Cyranka foi preso na casa da mãe dele e se apresentava como Fernando;
  • Ele abordava vítimas nas redes sociais, em geral influenciadoras digitais, e oferecia o serviço em troca de publicidade;
  • A nova prisão aconteceu após Matheus oferecer o serviço de massagem para duas amigas na última sexta-feira (17), no apartamento de uma delas em Ipanema;
  • As vítimas relataram que ele passou as mãos nas partes íntimas delas e esfregou o pênis em suas nádegas;
  • As mulheres gravaram o atendimento de Matheus e, depois que ele saiu do apartamento, descobriram online que ele já respondia por importunação sexual;
  • A denúncia foi formalizada na 13ª DP e permitiu a nova prisão.

O homem fingia ser homossexual para ganhar a confiança das vítimas e não despertar suspeitas. Após a negociação através de troca de mensagens pela internet, segundo a Polícia, Matheus agendava o serviço na residência das mulheres.

A investigação aponta que Matheus pedia para que as vítimas ficassem de biquíni ou até mesmo peladas. Assim que iniciava as massagens, os abusos também começavam.

Matheus havia sido preso preventivamente em 2021 pelo mesmo crime. Em 2022, foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão no regime semiaberto, mesmo já reincidente. O processo ainda está em grau de recurso, segundo a defesa.

A Polícia Civil diz que o suspeito não tem profissão e continuou praticando o crime, mesmo após condenado.

Ele insiste nesse tipo de prática que já foi narrada há anos atrás. O importante é que as vítimas procurem um profissional que seja reconhecido no mercado, habilitado e capacitado para realizar esse tipo de prática. E que nunca façam esse tipo de serviço sozinha em sua residência, sem que tenha alguém que saiba que essa pessoa está lá. Ricardo Barboza de Souza, delegado titular da 13ª DP que investiga o caso

O delegado acredita que Matheus tenha feito mais vítimas e faz um apelo para que procurem a delegacia.

"Não tenho dúvidas que existem mais vítimas. Elas não devem ter temor ou vergonha de procurar qualquer unidade policial. Nesse caso nós conseguimos a prisão preventiva no plantão judiciário e foi demonstrado que a liberdade dele é um fator de risco, já que é contumaz neste tipo de prática."

Nova prisão surpreende defesa do suspeito. Em nota, o advogado José Victor Moraes Barros, que atua a favor do falso massagista, esclarece que ficou surpreso com a nova prisão preventiva de Matheus, informando que pedirá a liberdade do suspeito, com aplicação das medidas cautelares, uma vez que, segundo ele, não há elementos para detenção.

"Ele foi absolvido em dois processos em 2021, tendo sido condenado em outros dois processos criminais que correm em segredo de justiça, estando os mesmos em grau de recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, não havendo trânsito em julgado, motivo pelo qual seu cliente é inocente", diz a nota.