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Brasileiras presas na Alemanha viajarão de novo, mas sem despachar mala

Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram presas injustamente na Alemanha - Arquivo pessoal
Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram presas injustamente na Alemanha Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, em São Paulo

16/04/2023 23h18Atualizada em 16/04/2023 23h57

As goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía, presas injustamente na Alemanha, falaram que viajarão novamente no fim do ano, mas apenas com bagagem de mão —sem despachar, após as malas delas terem sido trocadas no aeroporto de Guarulhos.

O que aconteceu:

Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, Jeanne disse que "a viagem está de pé". "Gostamos de viajar. Trabalhamos e batalhamos para isso, somos pessoas livres".

Kátyna destacou que elas irão "com mala de mão, por enquanto não vamos despachar".

"A gente espera que as coisas mudem, porque a gente paga e paga caro para despachar", completou Jeanne.

O que mais elas disseram

As goianas relataram que sentiram "uma injustiça muito grande" na Alemanha. Jeanne disse que mesmo agora, de volta ao Brasil, ainda acorda no horário do presídio alemão, onde ficaram por 38 dias.

Kátyna falou ter ficado sem seus remédios na prisão. Um é para dor crônica e o outro foi receitado após uma cirurgia para corrigir aneurisma no cérebro, contou. Após reclamar, foi permitido a ela se consultar com outra médica, que trocou as medicações para outros princípios ativos.

Convivíamos com pessoas de crimes diferentes: assassinas, assassinas em série, incendiárias. Era insalubre de várias maneiras, temíamos pela nossa segurança".
Kátyna Baía, ao Fantástico

Relembre o caso

Elas deixaram a prisão na terça-feira (11). Foram libertadas com a autorização do Ministério Público da Alemanha.

A soltura ocorreu após autoridades alemãs terem analisado vídeos enviados por autoridades brasileiras. As provas tinham o objetivo de comprovar a inocência das brasileiras, de acordo com a PF.

Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas em uma escala em Frankfurt no dia 5 de março. A detenção ocorreu após as duas terem tido as etiquetas das bagagens trocadas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As malas que viajaram para a Alemanha tinham 40 kg cocaína dentro e foram apreendidas pela polícia.