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Freixo questiona inação de Cid diante de mensagem sobre morte de Marielle

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/05/2023 18h49Atualizada em 03/05/2023 21h34

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, questionou a inação de Mauro Cid, ex-ajudante do presidente Jair Bolsonaro (PL), diante da informação sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O major reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros enviou mensagens a Cid dizendo que sabia quem era o mandante dos assassinatos, ocorridos em março de 2018. Ambos foram presos hoje pela PF (Polícia Federal) na Operação Venire.

Ele era a pessoa mais ligada ao presidente da República, o Bolsonaro, e ele simplesmente ignora, passa por essa informação".

Se Ailton sabe ou não sabe quem mandou matar é um ponto que tem que ser investigado pela Polícia Federal, mas, independentemente disso, tem uma informação dada com alto grau de importância e nada é feito a partir daí."
Marcelo Freixo ao UOL News

Bolsonaro é péssimo exemplo internacional, diz Freixo

Freixo também comentou a respeito de Jair Bolsonaro estar sendo investigado por falsificar seu cartão de vacinação e de sua filha, Laura. Freixo disse que Bolsonaro é um péssimo exemplo internacional.

Fico muito impressionado como um ex-presidente, alguém que ocupou um cargo tão importante em um país tão relevante como o Brasil comete um ato desses, como burla um cartão de vacinação. Achando o que, que ninguém ia descobrir? Faz isso com sua própria filha. E o pior: faz isso para cometer crime em outro país. Porque, na verdade, ele entrou de forma irregular em outro país, a gente esta falando pouco sobre isso."
Marcelo Freixo ao UOL News

Freixo afirmou que, caso Bolsonaro não tivesse a comprovação que tinha se vacinado, teria sido barrado em diversos locais nos Estados Unidos.

Ele não burla só as regras e leis brasileiras. Ele é um péssimo exemplo internacional. Isso é muito grave em relação a uma atitude de um presidente da República.
Marcelo Freixo ao UOL News

Sakamoto: Bolsonaro, que falou de 'mimimi' na pandemia, agora chora

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto afirmou, no UOL News, que Bolsonaro precisa assumir suas responsabilidades, citando uma entrevista dada pelo ex-presidente à rádio Jovem Pan.

Ele chorou ao lembrar que fotografaram o cartão de vacinação a ex-primeira-dama. Falou que era absurdo, que estava atingindo a família dele. E aí, nessa altura do campeonato, ainda mais se tratando de covid, não dá para deixar de lembrar que, no dia 4 de março de 2021, Bolsonaro fez o que em São Simão em Goiás? Deu a famosa frase: 'chega de frescura, chega de mimimi, vão ficar chorando até quando?'.

Ou seja, o mundo não gira, ele capota. A realidade veio, eu não acredito em coisas de força do universo, mas deu troco no Bolsonaro de forma muito grande. A realidade está falando para ele: 'meu amigo, chega de frescura, chega de mimimi, vai ficar chorando até quando? Assuma suas responsabilidades."
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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