Defesa de Bolsonaro teve acesso a autos de apuração sobre fraude em vacina
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, já deu acesso aos autos aos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a operação que apura suposta inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Mais cedo, a defesa havia dito que ele não deporia até ter conhecimento da investigação.
O que aconteceu?
Segundo Fábio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, as defesas foram "pegas de surpresa" e os detidos "foram bem tratados pela Polícia Federal".
Na hora em que deveria dar o depoimento hoje, Bolsonaro ainda não tinha tido acesso ao processo. Wajngarten foi um dos que compareceram à PF, mas teve de esperar um despacho de Alexandre de Moraes que autorizasse a liberação das informações.
Os advogados dos outros investigados também já tiveram o acesso autorizado aos autos.
Ainda não foi informada uma data para o depoimento de Bolsonaro. Ele já foi ouvido outras duas vezes na PF sobre o caso das joias e os atos golpistas do 8 de janeiro.
A defesa do presidente Bolsonaro aqui se encontra, ainda não teve acesso aos autos, nem mesmo no que diz respeito aos outros investigados. O presidente virá depor tão logo tenha acesso aos autos, fato esse que ainda não se consumou."
Fábio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, mais cedo a jornalistas
Bolsonaro nega adulteração
"Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso", afirmou o ex-presidente à emissora CNN Brasil, na porta de sua residência, em Brasília. Para Bolsonaro, a operação da PF é tentativa de "criar um fato".
Segundo o ex-presidente, apenas a esposa, Michelle, foi vacinada contra covid. "Não tomei a vacina após ler a bula da Pfizer. Minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen, e minha filha Laura, de 12 anos, também não tomou vacina."
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