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Defesa de Bolsonaro teve acesso a autos de apuração sobre fraude em vacina

26.abr.2023 - O ex-presidente Jair Bolsonaro ao deixar a sede da Polícia Federal, em Brasília, onde prestou depoimento sobre os atos de 8/1 - Pedro Ladeira/Folhapress
26.abr.2023 - O ex-presidente Jair Bolsonaro ao deixar a sede da Polícia Federal, em Brasília, onde prestou depoimento sobre os atos de 8/1 Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em Brasília

03/05/2023 19h22Atualizada em 03/05/2023 19h38

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, já deu acesso aos autos aos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a operação que apura suposta inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Mais cedo, a defesa havia dito que ele não deporia até ter conhecimento da investigação.

O que aconteceu?

Segundo Fábio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, as defesas foram "pegas de surpresa" e os detidos "foram bem tratados pela Polícia Federal".

Na hora em que deveria dar o depoimento hoje, Bolsonaro ainda não tinha tido acesso ao processo. Wajngarten foi um dos que compareceram à PF, mas teve de esperar um despacho de Alexandre de Moraes que autorizasse a liberação das informações.

Os advogados dos outros investigados também já tiveram o acesso autorizado aos autos.

Ainda não foi informada uma data para o depoimento de Bolsonaro. Ele já foi ouvido outras duas vezes na PF sobre o caso das joias e os atos golpistas do 8 de janeiro.

A defesa do presidente Bolsonaro aqui se encontra, ainda não teve acesso aos autos, nem mesmo no que diz respeito aos outros investigados. O presidente virá depor tão logo tenha acesso aos autos, fato esse que ainda não se consumou."
Fábio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, mais cedo a jornalistas

Bolsonaro nega adulteração

"Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso", afirmou o ex-presidente à emissora CNN Brasil, na porta de sua residência, em Brasília. Para Bolsonaro, a operação da PF é tentativa de "criar um fato".

Segundo o ex-presidente, apenas a esposa, Michelle, foi vacinada contra covid. "Não tomei a vacina após ler a bula da Pfizer. Minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen, e minha filha Laura, de 12 anos, também não tomou vacina."