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Moraes manda PF ouvir profissionais que supostamente vacinaram Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

03/05/2023 16h51Atualizada em 03/05/2023 17h32

O ministro Alexandre de Moraes determinou um prazo de cinco dias para que a Polícia Federal colha depoimento dos profissionais de saúde que teriam vacinado o ex-presidente Jair Bolsonaro contra covid-19. Segundo dados do sistema do SUS, duas doses da Pfizer foram aplicadas em agosto e outubro de 2022.

O que aconteceu:

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, foi preso. A operação foi realizada porque há indícios de fraude nos dados no SUS.

  • Leia a íntegra do ofício que explica como dados foram alterados no SUS clicando aqui.

Segundo a PF, o certificado de vacinação de Bolsonaro, com dados de uma falsa imunização, foi emitido de um computador do Palácio do Planalto. A fraude, segundo a PF, ocorreu em dezembro do ano passado, às vésperas da viagem do ex-presidente para os Estados Unidos.

As investigações apontam que Bolsonaro cedeu o próprio CPF para que os dados fossem manipulados em seu nome. Os dados falsos apontam que a imunização ocorreu em uma unidade de saúde de Duque de Caxias (RJ).

Proceda, em no máximo 5 (cinco) dias, as oitivas dos profissionais que teriam aplicado as duas doses da vacina contra a Covid-19 no ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO, identificados como DIEGO DA SILVA PIRES e SILVANA DE OLIVEIRA PEREIRA. [...] Identifique e proceda à oitiva de outros agentes com os quais os investigados tenham interagido
Trecho da decisão

Fábio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, disse a jornalistas na tarde de hoje que o ex-presidente só vai depor quando tiver acesso aos autos do processo.

O ex-secretário não soube dizer se Jair Bolsonaro teve acesso ao cartão de vacina que, segundo a polícia, foi falsificado e evitou especular sobre como o presidente entrou nos EUA.

A defesa do presidente Bolsonaro aqui se encontra, ainda não teve acesso aos autos, nem mesmo no que diz respeito aos outros investigados. O presidente virá depor tão logo tenha acesso aos autos, fato esse que ainda não se consumou. Fábio Wajngarten