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Falsa médica que pagou fiança de R$ 50 mil recebeu Auxílio Emergencial

Falsa médica atuava como influenciadora nas redes sociais e utilizava CRM de profissional com mesmo nome para realizar atendimentos - Instagram/Reprodução
Falsa médica atuava como influenciadora nas redes sociais e utilizava CRM de profissional com mesmo nome para realizar atendimentos Imagem: Instagram/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

02/06/2023 22h28Atualizada em 02/06/2023 22h55

Marcela Castro Gouveia, presa por usar o CRM de uma médica com o mesmo nome, em São Paulo, recebeu R$ 3 mil de Auxílio Emergencial em 2020. Ela foi solta na quarta-feira (31) após pagar uma fiança de R$ 50 mil, e deve cumprir medidas cautelares.

O que aconteceu:

Marcela recebeu cinco parcelas de R$ 600, depositadas de maio a outubro de 2020.

A consulta da reportagem aponta que a mulher tinha o cadastro do benefício na cidade de São Paulo. O Auxílio Emergencial foi criado em abril de 2020 para ajudar trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, MEIs e desempregados durante a crise gerada pela pandemia do coronavírus.

Marcela devolveu o dinheiro recebido com o benefício à União, segundo o Portal da Transparência do Governo Federal.

A defesa de Marcela não foi encontrada para comentar o caso. O UOL tentou contato diretamente com ela por meio das redes socias, de acesso restrito, e não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

Entenda o caso:

A verdadeira médica recebeu uma denúncia pela internet de que outra pessoa se passava por ela para realizar consultas. Uma paciente procurou por uma consulta com a falsa médica e, após fazer uma pesquisa, descobriu que Marcela estava utilizando dados de outra profissional.

Diante da situação, a profissional fez com que uma amiga agendasse uma consulta com a falsa médica e acionou a Polícia Civil, que acompanhou os trâmites na clínica.

Quando Marcela iria utilizar o carimbo com o CRM da verdadeira médica, uma policial realizou a prisão em flagrante por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.

Ela confessou o crime, após ser conduzida para a 3ª Delegacia Seccional da zona Oeste.