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Corregedoria da Polícia Civil assume investigação da morte de escrivã em MG

Rafaela Drummond - Reprodução/Redes sociais
Rafaela Drummond Imagem: Reprodução/Redes sociais

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/06/2023 19h04

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais assumiu o inquérito de apuração da morte da escrivã Rafaela Drumond. A CGPC-MG também será responsável pela investigação disciplinar do caso.

O que aconteceu

As investigações, que inicialmente apontavam suicídio, estavam sendo conduzidas pela polícia de Barbacena, no Campo das Vertentes, região onde Rafaela trabalhava.

Até então, cabia à Corregedoria apenas a apuração sobre eventuais transgressões disciplinares de servidores da corporação.

Em nota, a Polícia Civil justificou a mudança "devido à complexidade da investigação que apura as circunstâncias da morte". Reforçou ainda que "as investigações continuarão sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial".

Garantiu também que a "Corregedoria, sediada em Belo Horizonte, apresenta estrutura necessária para dinamizar e concluir os procedimentos instaurados."

A decisão atende às expectativas da família de Rafaela, que cobra investigação imparcial e sem interferência de agentes que atuavam na região onde a escrivã trabalhava.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Zuraide Drumond, mãe da policial, implorou a Rosa Weber, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), que a investigação e o julgamento da morte da filha fossem retirados de Carandaí (MG). "aqui [na promotoria de Carandaí] não vai dar em nada".

Relembre o caso

Rafaela protocolou uma série de denúncias ao Sindep-MG (Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais) uma semana antes de ser encontrada morta pelos pais, no distrito de Antônio Carlos, no dia 9 de junho. Segundo o Sindicato, as denúncias teriam sido sobre escala de plantão e sobrecarga de trabalho e nada relacionado a assédio.

Áudios em que a vítima detalha episódios de perseguição dentro da instituição, vazados nas redes sociais, motivaram abertura de inquérito para a apuração do caso.

Além disso, em um vídeo divulgado recentemente, Rafaela é xingada de 'piranha' e recebe outras ofensas dentro de uma delegacia em Carandaí (MG).