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'Plano diabólico': o que Monique Medeiros já falou sobre caso Henry Borel

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel e ré no caso que apura a morte do filho, voltou à prisão após decisão do ministro Gilmar Mendes Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL

07/07/2023 17h15

Um áudio de Monique Medeiros, mãe e ré pela morte do filho, Henry Borel, de 4 anos, mostra a pedagoga dizendo que Leniel Borel, o pai do menino, só pensaria em "vingança" e seria pior do que o Ministério Público.

Ainda na declaração, feita durante uma conversa com uma amiga e revelada pela TV Globo, ela diz que o ex-companheiro "tinha que morrer, infartar, ter um câncer". A frase, porém, não foi a primeira que marcou a imagem de Monique desde o acontecimento do crime.

Relembre o que Monique já falou sobre caso Henry:

"Plano diabólico"

Em entrevista a Universa em julho de 2021, ela afirmou que sua vida "acabou" e negou ter participação na morte de Henry. Ela comentou ainda sobre o "plano diabólico" de Jairinho para tirar a vida de seu filho.

Eu errei em não acreditar que um vereador bem-sucedido, médico, que tem família estruturada, ia se sujeitar a fazer uma coisa dessa com uma criança indefesa dormindo. Como poderia imaginar que ele tinha um plano tão diabólico, de tirar o meu filho de mim pra que não tivesse empecilho entre eu e ele?

Cartas à família

Cerca de um mês após falar com a reportagem, Monique escreveu duas cartas à família em que falava sobre a morte da criança de 4 anos.

Para termos edificação, devemos ter duas atitudes com respeito aos traumas do passado: aceitação e perdão! Precisamos aceitar o que nos aconteceu como algo que faz parte da vida, resultado não da vontade de Deus, mas de um mundo caído sem Deus.

"Mamãe, eu vou cuidar de você para sempre"

Em fevereiro do ano passado, Monique detalhou os momentos que antecederam e sucederam a morte de seu filho em depoimento à Justiça do Rio de Janeiro. Segundo ela, uma das últimas frases que teriam sido ditas por Henry, durante um banho, foi: "Mamãe, eu vou cuidar de você para sempre".

Eu falei: 'Filho, você tem que cuidar da mamãe, não pode ficar chorando à toa'. E ele disse: 'Mamãe, eu vou cuidar de você para sempre.'

Rasteiras e "moca": Henry relatou agressões de Jairinho

A pedagoga afirmou que o filho relatou ter sofrido duas supostas "bandas" (rasteiras) do ex-vereador no mês anterior à morte dele. As declarações também foram dadas também em interrogatório no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

No primeiro episódio, ela disse que Jairinho alegou ter sido uma brincadeira e que, no segundo, falou que o menino estava mentindo. No depoimento, Monique diz que não acreditava que o filho corresse qualquer risco.

"Acordei sendo enforcada por Jairinho ao lado do meu filho"

Monique relatou à Justiça episódios em que Jairinho se mostrou agressivo. Um dos relatos narra uma agressão por parte dele —ocasião em que, segundo ela, o ex-vereador a enforcou na cama enquanto ela dormia ao lado do filho.

De acordo com Monique, a agressão aconteceu em novembro de 2020 —no mês seguinte ao início do namoro— após Jairinho invadir seu celular para ler mensagens que ela trocava com Leniel Borel, pai do menino.

"Advogado me treinou"

À Justiça, ela ainda relatou que foi treinada pelo advogado André França para dar uma versão sobre a morte do filho que favorecesse o ex-vereador. França foi o primeiro advogado do acusado.

Eu fui treinada a dar uma outra versão, que eu vi o menino e acordei o Jairinho. Ele [o advogado] me treinou para falar exatamente o que ele tinha planejado, de uma forma que não sobravam arestas que alguém pudesse corromper.

"Eu só pensava em me matar"

Monique admitiu que pensou em se matar após a morte do filho. "Foi um fim de tarde tenebroso. Eu sou católica, sou temente a Deus e só pensava em me matar, não pensava em mais nada. Minha vontade era jogar o carro do viaduto", contou em depoimento.

"Ritual do sexo"

A mãe de Henry deu detalhes do relacionamento —definido por ela como abusivo— com Jairinho. Ela o descreveu como controlador, ciumento e mulherengo, e comparou as relações sexuais com Jairinho a um ritual.

Todas às vezes que nós namorávamos era como se fosse um ritual. Era ele em cima de mim, não existia outra posição, que a gente pudesse fazer. Ele sempre me enforcando, sempre me mandando eu dizer que ele era o único homem da minha vida, que eu nunca tinha transado com outro homem, que eu nunca tinha gozado com outro homem, que eu nunca tinha feito nada com outro homem e ele me obrigava a dizer isso até ele completar o que tinha que completar.

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