Médico cirurgião indiciado por abuso sexual de paciente em MG é preso em SP
O cirurgião plástico Hudson de Almeida, indiciado por abuso sexual de uma paciente em Minas Gerais, foi preso preventivamente.
O que aconteceu?
O médico, de 54 anos, foi detido na manhã de hoje na capital paulista. Ele estava foragido desde 19 de abril pelo crime de violência sexual mediante fraude.
A prisão dele foi feita após diligências realizadas por meio de um acordo com cooperação entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais. Almeida é professor universitário, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e atende em um consultório próprio no interior do estado.
Além do caso de agora, o médico já havia sido indiciado por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude, em 2021, mas seguiu atuando. Segundo a Polícia Civil, os processos seguem em segredo de Justiça. A TV Globo mostrou que, àquela época, três mulheres o denunciaram.
O crime era praticado quando as mulheres iam às consultas e passavam por procedimentos não autorizados, segundo reportagem da EPTV, afiliada à TV Globo.
Um das vítimas disse que o abuso gerou "muitos problemas emocionais e ansiedade". Ela concedeu entrevista à EPTV, mas pediu para não ser identificada. "Ele fez toques no meu corpo que não eram profissionais. Ele fez insinuações do meu corpo, das minhas partes íntimas (...) Foi tão chocante", relatou.
Eu entendo muitas mulheres que não querem denunciar porque não é fácil mesmo. Você ter que falar, se expor, não é fácil. Mas saber que ele tá foragido, que ele está sendo procurado, você vê que valeu a pena, que vale Vítima, que pediu para não ser identificada, em entrevista à EPTV
Segundo a polícia, a cópia dos autos, com pedido de apuração administrativa e perda do registro profissional, foi encaminhada ao CRM-MG (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais). O UOL tenta contato com órgão para saber quais serão os procedimentos adotados neste caso. Quando houver retorno, esta nota será atualizada.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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