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Derrite: Suspeito matou PM com pistola e foi identificado por testemunhas

Testemunhas presas pela polícia foram responsáveis por identificar Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, como autor do tiro que matou o soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, no Guarujá. O homem foi preso na tarde de ontem.

O que Derrite falou?

O suspeito do crime foi levado pela própria Rota para a delegacia após se entregar.

O cupom fiscal da compra de um salgado em uma lanchonete pelo suspeito também fez a polícia identificá-lo. Derrite informou que os agentes verificaram imagens de câmeras de segurança do caminho entre o estabelecimento comercial e o ponto de onde teria saído o disparo que matou o PM.

A arma usada para matar o policial, uma pistola nove milímetros, ainda não foi apreendida pela polícia.

O soldado que morreu usava colete a prova de balas, mas o projétil atingiu o ombro dele, transpassando o peito em seguida.

As mortes registradas durante a operação foram causadas por "confrontos" e os relatos de torturas feitos pela população são "narrativas".

As imagens registradas por câmeras dos policiais durante a operação serão analisadas pela Ouvidoria da polícia.

O número oficial de mortos na operação do fim de semana foi de oito. O dado diverge da Ouvidoria, que aponta 10.

A operação com o reforço policial no Guarujá deve durar por pelo menos 30 dias e uma nova base da PM deve ser implementada no local.

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Quem se entregou foi preso, mas aquele que ainda decide optar pelo confronto, os nossos policiais são obrigados a fazer o uso da força tática que é o uso da arma de fogo.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo

Morte de PM e retaliação violenta

O soldado Patrick Reis morreu durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda na noite da quinta-feira (27).

Ele trabalhava com colegas do 1º Batalhão de Choque quando o grupo foi "atacado por criminosos armados que efetuaram disparos de arma de fogo", segundo a SSP.

Além de Patrick, um cabo também foi atingido por um tiro e levado a uma UPA da região. Ele não corre risco de morte.

Uma operação para identificar os suspeitos do crime foi iniciada ainda na quinta-feira e equipes da Segurança Pública seguiram para o litoral na sexta-feira, na Operação Escudo.

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Pelo menos 8 pessoas foram mortas ao longo do fim de semana e o suspeito de atirar contra o policial foi preso ontem. Antes de se entregar, ele usou as redes sociais para pedir que "parassem a matança".

O UOL teve acesso a áudios em que moradores do Guarujá afirmam que agentes da Rota encapuzados invadiram casas nas comunidades.

Segundo os relatos, os policiais também teriam torturado um dos mortos, que estaria com marcas de queimaduras de cigarro no corpo.

Moradores acusam ainda os policiais de terem forjado flagrantes. Outro relato é de que uma das vítimas mortas seria uma pessoa com esquizofrenia.

As denúncias estão sendo acompanhadas pela Ouvidoria das polícias, pela Comissão de Direitos Humanos da Alesp e pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP.

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