Chuvas deixam pelo menos 4 mortos no Rio Grande do Sul
Pelo menos quatro pessoas morreram por causa das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde a tarde de ontem.
O que aconteceu?
As quatro mortes foram registradas nos municípios de Passo Fundo, Ibiraiaras e Mato Castelhano, segundo o Corpo de Bombeiros. Conforme levantamento da Defesa Civil, são mais de 200 desalojados (pessoas que saem de suas casas e vão para as residências de familiares, amigos ou vizinhos).
Em Mato Castelhano, um homem de 41 anos, motorista de um veículo que caiu de uma ponte e foi arrastado pela correnteza, morreu por afogamento. O corpo dele foi encontrado na manhã de hoje.
Em Passo Fundo, a morte registrada foi de um homem eletrocutado, que foi socorrido pelos vizinhos e teve a morte constatada pelo SAMU.
Em Ibiraiaras, um homem de 50 anos e uma mulher de 44 morreram após o veículo deles cair em um rio e ser levado pela correnteza.
O coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, da Defesa Civil do RS, ressaltou que as mortes não foram decorrentes das chuvas, mas da falta de cuidado e precaução. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (4).
Importante a preocupação do poder público, em especial os municípios, de estar com planos de contingência em dia, informar locais seguros e medidas de segurança. Mas, também, as pessoas terem um comportamento de segurança. Nas quatro mortes foram comportamentos que, talvez, se fossem adotadas medidas de precaução, haveria um resultado diferente
Coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, da Defesa Civil do RS
Afetados pelas chuvas
Ao menos 42 municípios declararam terem sido afetados pelos eventos climáticos desde ontem, sendo chuvas intensas, alagamentos, etc.
Ao todo, há ao menos 2.266 pessoas afetadas diretamente pelo ciclone.
Um estado de alerta para temporais, chuvas intensas e eventual queda de granizo está em vigor até as 20h de hoje em mais da metade do estado.
Em Santa Catarina, pessoas ilhadas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros no município de São Joaquim. Outras ocorrências também foram registradas nos municípios de Anita Garibaldi e Içara.
Há uma preocupação muito grande no estado com deslizamentos de terra. Essa grande quantidade de chuva das últimas 48 horas gera a possibilidade de nós termos deslizamento de terras. (...) Atenção maior é na região do Vale do Taquari, pela questão do rio ainda estar subindo. (...) As bacias mais preocupantes, hoje, são na região de São Sebastião do Caí e Monte Negro, porque há uma previsão que os rios transbordem nessas duas localidades nas próximas horas.
Coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, da Defesa Civil do RS
O ciclone
Um ciclone extratropical está se formando no oeste do Rio Grande do Sul desde a madrugada de hoje. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também devem sentir os efeitos do fenômeno, que provocará uma frente fria.
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Quero receberO alerta vermelho, que indica "grande perigo", se limita a parte do estado do Rio Grande do Sul. As áreas afetadas incluem as cidades de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, entre outras.
O aviso é válido até 18h de hoje e destaca para riscos de chuva superior a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia, com grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, além de deslizamentos de encostas.
Já o alerta laranja, que significa "perigo", está no restante do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná. Entre os riscos potenciais apontados pelo instituto, estão: ventos intensos entre 60 e100 km/h, chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, e queda de granizo.
Além disso, há também risco de alagamentos, queda de árvores, corte de energia elétrica e estragos em plantações na região.
Por fim, o alerta amarelo, de "perigo potencial", se estende por parte do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. São Paulo está entre as cidades que podem ser atingidas pela tempestade.
Os riscos potenciais para o alerta são: chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos entre 40 e 60 km/h e queda de granizo. Nesse caso, há baixo risco de corte de energia elétrica e de alagamentos.
O que fazer durante tempestades?
O Inmet orienta que a população das áreas afetadas por tempestades desligue aparelhos elétricos, observe alteração nas encostas, permaneça em local abrigado, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos em caso de inundação e, por fim, busque mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
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