Homem é gravado proferindo ofensas racistas no Rio: 'Tem que ficar escravo'
Um homem branco foi flagrado proferindo insultos racistas contra uma pessoa negra dentro da estação de Deodoro, na zona oeste do Rio, na terça-feira (3).
O que aconteceu:
No vídeo, o homem, que tem sotaque espanhol, grita "negro de merd*" e "negro filha da put*".
A frase é repetida outras vezes pelo homem. Ele continua com as ofensas racistas:
Nego filho da p*. Tem que ficar escravo, escravo toda a sua vida. Escravo! Tem que ficar. Negro que acorda: ah, agora sou livre. Tem que ficar escravo.
Homem faz ofensas racistas
Uma testemunha disse à TV Globo, sob anonimato, que o homem estava "gritando, literalmente berrando as ofensas racistas". Ela explicou que o homem estaria falando sobre um homem negro que teria supostamente esbarrado nele. A vítima dos ataques não estaria no local no momento do registro.
O autor das ofensas estava acompanhado de uma mulher negra. Segundo a testemunha, a mulher teria dito, de modo "muito desconfortável", que era namorada dele. "A todo momento deu para perceber que ela estava muito acuada, muito desconfortável com a situação. Mas dava para perceber que as ofensas eram dirigidas para esse homem que, supostamente, teria esbarrado nele".
O registro foi divulgado por Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seccional do Rio de Janeiro. De acordo com o procurador, o registro foi realizado por uma psicóloga que estava no local e o homem teria afirmado antes que seria argentino.
Procurada pelo UOL, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância). Não foi divulgado o nome de quem fez o registro de ocorrência.
A corporação disse que o homem que aparece nas imagens foi identificado e será intimado a prestar esclarecimentos. "Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos", disse.
Como o nome do homem gravado não foi divulgado, a reportagem não conseguiu encontrar a defesa dele para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
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