Conteúdo publicado há 9 meses

Pai de médico assassinado no Rio havia morrido em acidente de carro

O médico Perseu Ribeiro Almeida, assassinado na Barra da Tijuca na madrugada de quinta-feira (5), perdeu o pai de uma maneira trágica —em um acidente de carro, segundo contou a diretora do hospital em que ele trabalhava ao jornal O Globo.

O que aconteceu

"Realmente a família está tentando lidar com o luto da perda dos dois", disse Ana Paula Camargo, médica do Hospital Prado Valadares, em Jequié (BA), ao jornal. A diretora não especificou a data da morte do pai de Perseu.

O médico havia mencionado à diretora do hospital que estava animado para "rever os amigos da faculdade" na viagem ao Rio de Janeiro, onde eles participavam do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

A diretora também destacou a "calma e paciência" de Perseu Almeida no trato com os pacientes ao jornal. "Ele era muito tranquilo com seus pacientes. Uma pessoa ponderada. Nós tivemos na casa dele com a esposa e com a mãe. Elas estão muito abaladas", declarou.

O que se sabe sobre o caso

Além de Perseu, Marcos de Andrade Corsato, 62, Daniel Sonnewend Proença, 33, e Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, foram alvos do ataque a tiros, ocorrido às 0h59 da quinta-feira (5), na Avenida Lúcio Costa

Marcos Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Bomfim —este último irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP)— morreram na hora.

A quarta vítima, Daniel Sonnewend Proença, foi levada com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge e, depois, transferido ao Hospital Samaritano Barra. O último boletim de saúde da sexta-feira (6) apontou que ele está estável, "lúcido" e "orientado", e que deve ser submetido a avaliações da equipe de cirurgia nos próximos dias.

Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que os criminosos descem de um carro branco, se aproximam das vítimas e atiram. Eles não roubam nenhum pertence e nenhum outro cliente do quiosque é ameaçado.

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Até o momento, a principal linha de investigação aponta que os médicos foram mortos por engano no contexto de um conflito envolvendo milicianos e facções na Zona Oeste do Rio. O grupo criminoso que os assassinou mirava Taillon Barbosa, um miliciano adversário de um grupo aliado ao Comando Vermelho, disseram fontes da Polícia Civil do Rio ao UOL.

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