Conteúdo publicado há 6 meses

Dois homens agridem advogada e deixam vítima com rosto deformado; veja

Uma advogada foi espancada por dois homens em Goiânia e ficou com o rosto "totalmente deformado", segundo informações da Polícia Civil de Goiás. Devido à gravidade das lesões, a vítima terá que ficar 45 dias em dieta líquida pastosa.

O que aconteceu

O personal trainer Maycon de Souza Aires foi preso em flagrante por tentativa de homicídio. Ele é suspeito de ajudar o namorado, o estudante de medicina Heberson Clayton Nunes, a agredir a advogada, que não teve a identidade revelada.

Heberson, autor das agressões no vídeo, segue foragido. Segundo a Polícia Civil, Maycon também agrediu a advogada em outra ocasião, que não aparece nas imagens divulgadas.

A vítima e os suspeitos frequentavam a mesma academia. No dia das agressões, ocorridas na última quarta-feira (11), Maykon teria ido até a casa da vítima para pedir desculpas por uma agressão anterior realizada por Heberson, após uma crise de ciúmes, conforme relatou a polícia.

Maykon chamou a advogada para que pudessem conversar em uma praça do Parque Santa Rita. Eles foram até o local no carro do suspeito, mas ao chegar à praça ele teria impedido a vítima de descer e passou a xingá-la. Em seguida, o personal e o estudante iniciaram as agressões físicas.

"Com crueldade, eles desferiram chutes, socos no rosto da vítima e até a enforcaram e enfiaram os dedos na garganta dela. O rosto dela estava totalmente deformado. Ela teve múltiplas lesões em seu corpo, principalmente na cabeça, e vai ficar 45 dias com dieta líquida pastosa", disse o delegado Humberto Teófilo.

O crime, de motivo fútil, foi realizado com crueldade por parte dos dois homens. A Polícia Civil segue com as investigações para localizar e prender o estudante foragido.
Humberto Teófilo, delegado

Conforme o delegado, os dois suspeitos possuem "porte físico vultoso" e abandonaram a vítima em uma calçada. Em seguida, ela foi registrar boletim de ocorrência, quando recebeu a orientação para procurar uma unidade de saúde, onde foram constatadas "a gravidade das lesões".

Não foi a primeira agressão

Em depoimento à polícia, a vítima contou que já havia sido agredida por Heberson anteriormente. Ela explicou que a primeira agressão ocorreu há pouco mais de um mês, quando estava a caminho da academia, e Maykon lhe ofereceu uma carona, que ela aceitou.

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Ao chegar à academia, Heberson teria tido uma crise de ciúmes e por isso agrediu a advogada no local. O delegado explicou que, naquela ocasião, a mulher decidiu não registrar boletim de ocorrência por entender que o estudante de medicina havia agido por ciúmes.

Maykon foi preso em flagrante na quarta-feira (11) por tentativa de homicídio qualificado. Após a prisão, ele passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Heberson permanece foragido.

O UOL entrou em contato com a advogada da vítima, mas não obteve retorno. A reportagem não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos. O espaço segue aberto para manifestação.

A Polícia divulgou fotos dos suspeitos Maykon Ayres e Heberson Clayton Nunes
A Polícia divulgou fotos dos suspeitos Maykon Ayres e Heberson Clayton Nunes Imagem: Divulgação: PCGO

Falso personal trainer

Maykon de Souza Ayres se apresentava como personal trainer e exercia a profissão em uma academia na qual dava aulas, mas não possui o registro profissional para exercer o ofício, segundo o CREF (Conselho Regional de Educação Física).

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Em nota, o CREF repudiou as agressões contra a advogada e informou que "tomará todas as medidas administrativas e legais pertinentes às atribuições do Conselho para assegurar que apenas profissionais habilitados exerçam a Educação Física".

É crucial esclarecer que o suspeito não possui registro como profissional de Educação Física em nenhum Conselho Regional do país.
CREF (Conselho Regional de Educação Física)

OAB-GO diz acompanhar o caso

A OAB-GO (Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás) também se manifestou em tom de solidariedade à advogada. A entidade disse que marcou uma reunião com a vítima para acompanhar as investigações e tomar as providências cabíveis.

A violência de qualquer natureza, e sobretudo a violência contra a mulher, é inaceitável e contrária aos princípios que regem a sociedade e nossa profissão. Continuaremos comprometidos em tomar as medidas cabíveis através da Comissão da Mulher Advogada e da Comissão de Direito e Prerrogativas, exigindo uma investigação rigorosa por parte das autoridades competentes para garantir que os envolvidos sejam punidos com o rigor da lei.

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