Arma usada em ataque a escola de SP pertence ao pai e é legal, diz polícia
A arma usada hoje de manhã em um ataque a uma escola em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, que deixou uma pessoa morta e ao menos outras duas feridas pertence ao pai do atirador e é legalizada, segundo a Polícia Civil.
O que aconteceu
O aluno de 16 anos usou um revólver calibre 38 do pai para atacar colegas da Escola Estadual Sapopemba, segundo a polícia. O ataque está sendo investigado pelo 70º Distrito Policial (Vila Ema).
O suspeito já havia feito registro de ocorrência no dia 24 de abril deste ano, alegando ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos. Estudante do 1º ano do Ensino Médio, ele estava com o uniforme da escola quando foi apreendido pelos policiais militares que atenderam a ocorrência.
Atingida na cabeça, uma das vítimas de 15 anos não resistiu aos ferimentos. As outras duas foram encaminhadas ao hospital e estão em estado estável, segundo boletim médico.
O que dizem as autoridades
Por meio de nota, o governo de São Paulo disse que "a prioridade nesse momento é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares". "O Governo de SP lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas", diz o texto.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) falou sobre o caso em sua conta no X (antigo Twitter). "Estamos consternados com mais um terrível ataque nas nossas escolas (...). Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio", escreveu.
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, disse que o governo federal foi acionado para ajudar nas investigações por meio da sua conta no X (antigo Twitter). "Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações", disse.
Ataques contra escolas
Esse é o 11º ataque em escolas do Brasil em 2023. Pelo menos cinco deles deixaram pessoas mortas.
Na capital paulista, a professora de uma escola estadual foi morta por um estudante de 13 anos no bairro da Vila Sônia, zona oeste da capital. Em Poços de Caldas (MG), um ex-aluno matou um adolescente a facadas. Em Blumenau (SC), o ataque com uma machadinha ocorreu em uma creche e matou quatro crianças entre 5 e 7 anos. Já em Cambé (PR), dois adolescentes morreram.
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Quero receberEm abril, o governo federal anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para combater os ataques em escolas. A ideia é que o dinheiro seja revertido em projetos de incentivo à paz nas escolas e de desenvolvimento psicológico, além da infraestrutura.
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