Arma usada em ataque a escola de SP pertence ao pai e é legal, diz polícia

A arma usada hoje de manhã em um ataque a uma escola em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, que deixou uma pessoa morta e ao menos outras duas feridas pertence ao pai do atirador e é legalizada, segundo a Polícia Civil.

O que aconteceu

O aluno de 16 anos usou um revólver calibre 38 do pai para atacar colegas da Escola Estadual Sapopemba, segundo a polícia. O ataque está sendo investigado pelo 70º Distrito Policial (Vila Ema).

O suspeito já havia feito registro de ocorrência no dia 24 de abril deste ano, alegando ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos. Estudante do 1º ano do Ensino Médio, ele estava com o uniforme da escola quando foi apreendido pelos policiais militares que atenderam a ocorrência.

Atingida na cabeça, uma das vítimas de 15 anos não resistiu aos ferimentos. As outras duas foram encaminhadas ao hospital e estão em estado estável, segundo boletim médico.

Viatura da PM na Escola Estadual Sapopemba, onde um aluno cometeu um ataque
Viatura da PM na Escola Estadual Sapopemba, onde um aluno cometeu um ataque Imagem: Peter Leone/O Fotográfico/Estadão Conteúdo

O que dizem as autoridades

Por meio de nota, o governo de São Paulo disse que "a prioridade nesse momento é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares". "O Governo de SP lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas", diz o texto.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) falou sobre o caso em sua conta no X (antigo Twitter). "Estamos consternados com mais um terrível ataque nas nossas escolas (...). Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio", escreveu.

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Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, disse que o governo federal foi acionado para ajudar nas investigações por meio da sua conta no X (antigo Twitter). "Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações", disse.

Policiais militares em frente à Escola Estadual Sapopemba
Policiais militares em frente à Escola Estadual Sapopemba Imagem: Peter Leone/O Fotográfico/Estadão Conteúdo

Ataques contra escolas

Esse é o 11º ataque em escolas do Brasil em 2023. Pelo menos cinco deles deixaram pessoas mortas.

Na capital paulista, a professora de uma escola estadual foi morta por um estudante de 13 anos no bairro da Vila Sônia, zona oeste da capital. Em Poços de Caldas (MG), um ex-aluno matou um adolescente a facadas. Em Blumenau (SC), o ataque com uma machadinha ocorreu em uma creche e matou quatro crianças entre 5 e 7 anos. Já em Cambé (PR), dois adolescentes morreram.

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Em abril, o governo federal anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para combater os ataques em escolas. A ideia é que o dinheiro seja revertido em projetos de incentivo à paz nas escolas e de desenvolvimento psicológico, além da infraestrutura.

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