Deputada: Governo de SP tem total responsabilidade sobre ataque a escola
O governo de São Paulo "tem total responsabilidade" sobre o ataque a tiros que deixou pelo menos uma aluna morta e duas feridas em uma escola em Sapopemba, na zona leste da capital, afirmou a deputada estadual Professora Bebel (PT-SP), em entrevista ao UOL News da manhã desta segunda (23).
O governo de São Paulo tem total responsabilidade. Desde a morte da professora [Elizabeth Tenreiro, assassinada em março em um ataque a uma escola na Vila Sônia], estão acontecendo ondas de violência, o governador fez uma ação naquele caso e, depois, deixou para lá. Não pode. Tem que continuar aprofundando e, ao mesmo tempo, dando estrutura para as escolas. Professora Bebel, deputada estadual (PT-SP)
Na opinião da deputada estadual, Tarcísio de Freitas (Republicanos) está "ideologizando" o debate sobre a necessidade de haver um psicólogo em cada escola. A parlamentar acusa o governador de minimizar a questão da violência nas escolas e pediu para ele tomar providências urgentes, ou "esses casos vão continuar".
O que é bom para a educação? Ter um psicólogo nas escolas, a presença da ronda escolar, com a devida formação dos policiais... O governador Tarcísio está falhando e tratando isso como uma questão menor, mas ela é de política pública. Estamos lidando com dificuldades imensas nas escolas. Vamos parar com essa história de ideologizar e ver quem está pagando o preço por isso. Professora Bebel, deputada estadual (PT-SP)
Josias: Brasil vive epidemia de violência em escolas e não sabe lidar com ela
Para o colunista do UOL Josias de Souza, os casos de violência nas escolas se tornaram uma epidemia no Brasil e o país ainda não sabe como enfrentar este problema. Ele ressaltou a necessidade de um esforço conjunto das diversas esferas governamentais, das famílias e dos profissionais de educação para mitigar este problema.
Não podemos analisar esse episódio como um caso isolado. O Brasil está submetido a problemas cada vez mais agudos e não consegue resolver suas moléstias sociais. O país morre a conta-gotas nas estatísticas de homicídio. Mata-se em toda parte, inclusive nas escolas. A reiteração da violência nas escolas precisa conduzir o Brasil a duas conclusões óbvias. Estamos diante de uma epidemia, e não sabemos como lidar com ela. Josias de Souza, colunista do UOL
Não é o caso de ter detector de metais na entrada de escolas, diz coronel
O coronel da reserva da PM-SP José Vicente não vê necessidade de colocar detector de metais na entrada das escolas. O oficial defende medidas mais amplas para combater os casos de violência nas instituições e reforçou que a escola "deve ser a primeira prioridade do policiamento", o que ajudaria a inibir ataques violentos.
Não é o caso [de se implementar detectores de metais]. A entrada dos alunos é muito tumultuada. Isso atrapalharia terrivelmente o andamento da rotina escolar. A polícia tem que ter uma análise de vulnerabilidade de cada estabelecimento, de tal forma que as escolas mais vulneráveis suscitam mais cuidados em termos da presença de policiais. A polícia sabe onde são essas escolas e deve direcionar um esforço concentrado de atenção em sua gestão. José Vicente, coronel da reserva da PM-SP
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