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Polícia detém quatro após estupro de menina de 15 anos em Nova Iguaçu (RJ)

Quatro pessoas, dois adultos e dois menores de idade, foram detidas hoje por policiais da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Nova Iguaçu (RJ) no âmbito das investigações sobre o estupro de uma menina de 15 anos, descoberto após imagens do crime circularem nas redes sociais.

O que aconteceu

A polícia prendeu dois adultos, incluindo um suspeito de ter participado do estupro. Os nomes e idades não foram revelados.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele e um outro homem teriam abusado da garota enquanto ela estava desacordada, além de terem gravado o ato e compartilhado os vídeos nas redes sociais.

O outro suspeito do crime foi identificado, mas ainda não tinha sido preso até o fim da tarde desta quarta-feira (8).

A segunda adulta presa hoje é a dona da casa na qual o crime ocorreu. Ela é acusada de manter vídeo com "cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente" no celular, afirma a polícia.

Dois adolescentes também foram apreendidos por terem imagens do crime no celular. As idades não foram reveladas.

Outros depoimentos sobre o caso foram colhidos hoje na Deam. A Polícia Civil não confirmou se a vítima chegou a ser ouvida novamente.

Vítima soube do crime pelas redes

O crime teria ocorrido na madrugada de quinta para sexta-feira (3), na casa de uma amiga da jovem. Segundo a vítima, em relato ao RJTV (TV Globo), ela dormia no local e foi acordada por algumas pessoas que chegaram na residência, que insistiram para que ela consumisse bebida alcoólica. A adolescente ainda diz que teria recusado a ficar com um dos rapazes.

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A jovem acredita que alguma droga foi colocada na bebida dela, já que não se recorda de mais nada. Ela diz que só soube do abuso após o compartilhamento dos vídeos. Os homens que a teriam estuprado têm 20 e 21 anos, de acordo com a vítima.

O estupro da adolescente foi gravado por pessoas que estavam na residência e teria sido divulgado nas redes sociais pelos rapazes apontados como envolvidos no crime.

As imagens, segundo apurou o UOL, mostram a jovem desacordada em cima de uma cama enquanto é violentada. Os registros, compartilhados sem consentimento da vítima, também mostram a adolescente recebendo tapas no rosto e outras pessoas, além dos dois homens, vendo os abusos contra a jovem.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

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Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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