Conteúdo publicado há 22 dias

Inpe: Aquecimento pode trazer mais seca ao Norte e Nordeste e chuvas no Sul

O coordenador-geral do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Gilvan Sampaio, explicou os efeitos que o aquecimento global pode ter no Brasil nos próximos anos, como calor recorde e chuvas.

O que ele disse:

Sampaio explica que 2023 é o ano mais quente já registrado desde o século 19, quando os dados passaram a ser reunidos, mas que o recorde pode ser batido em breve: "O motivo é aquele que já falamos há algumas décadas. É a combinação do aquecimento global, que continua se intensificando, com o El Niño de intensidade forte", disse.

"Também temos o Atlântico Tropical Norte mais quente que o normal. E o Atlântico Tropical Norte também está contribuindo para essa média. (...) Principalmente no Sul, as chuvas excessivas, e no Norte as secas, que vão perdurar pelos próximos meses", explicou.

Além disso, Sampaio explicou as consequências das mudanças climáticas para o Brasil. Segundo ele, as projeções climáticas para as próximas décadas mostram um "padrão muito claro" sobre o clima: "Chuvas excessivas no Sul do Brasil e secas generalizadas no Norte e Centro da Amazônia, e região Nordeste", disse.

Segundo o coordenador-geral do Inpe, o foco da seca mudará da Amazônia para a região Nordeste: "O foco estava mais no sudoeste da Amazônia e região central, e passa a ser agora o leste e o norte da Amazônia, que é onde de fato o El Niño tem um impacto maior. E no ano que vem, como o El Niño perdura pelo menos no primeiro semestre, nós teremos um impacto na região Nordeste do Brasil, com a pior das combinações possíveis".

Com essa configuração nós vamos ter déficit de chuvas no semiárido nordestino no ano que vem
Gilvan Sampaio, coordenador-geral do Inpe

Onda de calor

A onda de calor que atinge o Brasil fez o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitir um alerta vermelho para seis estados e também para o Distrito Federal. Junto aos locais com alerta laranja, também para as altas temperaturas, são 13 estados em risco.

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As temperaturas podem estar 5ºC acima da média por um período maior do que cinco dias. Segundo o Inmet, a situação representa risco à saúde.

A onda de calor foi classificada como de "grande perigo" - o nível é o máximo entre os três previstos na escala de grau de severidade do instituto para fenômenos meteorológicos.

Inmet recomenda que cidadãos procurem a Defesa Civil em caso de necessidade. O serviço atende em todo o país por meio do telefone 199.

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O Análise da Notícia vai ao ar às terças e quartas, às 18h30.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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Veja abaixo o programa na íntegra:

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