Conteúdo publicado há 5 meses

Governo de Tarcísio critica greve do Metrô e CPTM: 'Abusiva e política'

O governo de São Paulo criticou a paralisação do Metrô e CPTM nesta terça-feira (28), considerando uma atitude "abusiva e política".

O que foi dito

O governo de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) diz que a greve provoca perdas financeiras ao comércio pelo não funcionamento do transporte. "Mais uma vez, uma greve abusiva e política dos sindicatos do Metrô, da CPTM e da Sabesp pode deixar milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de cerca de R$ 60 milhões ao comércio nesta terça-feira (28)".

É dito também que as medidas de contingência necessárias estão sendo tomadas. "Desde as primeiras horas da manhã, as equipes diretivas das três empresas [Metrô, CPTM e Sabesp] estão monitorando a adesão à greve e adotando as medidas de contingência necessárias para minimizar os impactos na prestação dos serviços públicos à população".

Motivo da greve

Privatizações e terceirizações estão no alvo. Metroviários, ferroviários e outros representantes do funcionalismo público protestam contra as propostas do governo Tarcísio de desestatização de empresas públicas.

A razão foi confirmada por Camila Lisboa, presidente do sindicato dos Metroviários. "Tarcísio acelerou o processo de privatização. No Metrô e na Fundação Casa, através dos editais de terceirização, na Sabesp, com envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp, e para Educação, impõe um corte de 10 bilhões", afirmou.

Camila ainda sublinhou que foi apresentada uma proposta de liberação das catracas, com funcionamento gratuito do transporte no dia da greve.

Em alternativa à greve, nós sugerimos a liberação das catracas, que já foi provado pela experiência do dia 5 e do dia 12 [datas do Enem] que pode acontecer sem nenhum problema de segurança.

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Segundo a representante da categoria, as privatizações devem afetar serviços essenciais. Por isso, o corte de 5% no orçamento da Educação e o leilão da Linha 7-Rubi da CPTM, marcado para fevereiro de 2024, também estão na pauta de reivindicações.

Justiça obriga 80% do efetivo do Metrô

80% dos funcionários terão que trabalhar nos horários de pico do metrô. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho na tarde de ontem.

Sindicato dos metroviários receberá multa diária de R$ 700 mil pelo descumprimento. A decisão é assinada pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves,

A Justiça também determinou que 85% do efetivo da CPTM trabalhe nos horários de pico (4h às 10h e 16h às 21h), e 60% atue nos demais intervalos durante esta terça. A multa para o sindicato dos ferroviários é de R$ 600 mil por dia, em caso de descumprimento da medida.

Sobre a Sabesp, o TRT decidiu que os empregados deverão manter disponíveis 70% do contingente ligado à prestação de serviços essenciais de saneamento básico, tratamento e abastecimento de água, bem como esgoto. A multa diária é de R$ 30 mil se a decisão for desrespeitada.

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Determinação da Justiça atendeu parcialmente pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele havia pedido 100% dos funcionários nos horários de pico, e 80% no restante do dia.

Ponto facultativo e rodízio suspenso

Além de suspender o rodízio durante todo o dia, a prefeitura decretou ponto facultativo e determinou operação especial no transporte público por ônibus, com 100% da frota em operação, além de reforço com mais 200 ônibus.

Por outro lado, está mantido o funcionamento de escolas e creches, bem como de unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, e do serviço funerário.

Serão reagendadas consultas, exames e cirurgias perdidas por pacientes prejudicados pela greve do transporte público nesta terça-feira (28). A Secretaria Municipal da Saúde vai entrar em contato com os pacientes e reprogramar os procedimentos para a próxima semana.

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