Motorista pede para usar bafômetro comprado na Europa em blitz de Goiás
Uma motorista foi parada em uma blitz em Anápolis (GO) e pediu aos policiais para que pudesse usar um bafômetro comprado na Europa.
O que aconteceu
A motorista admitiu aos policiais que havia tomado duas cervejas de 600 ml. A blitz ocorreu na madrugada de sábado (23) pela DICT (Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito) de Goiás.
Nas imagens, gravadas da operação e obtidas pelo UOL, o delegado Manoel Vanderic explica que se o bafômetro indicasse até 0,33 mg, ela seria liberada. "Posso fazer no meu bafômetro? Tenho o meu bafômetro da Europa", pergunta a mulher. Como ela não foi identificada, a reportagem não conseguiu localizá-la para pedir um posicionamento.
Um homem que a acompanhava também perguntou aos policiais se ela poderia soprar no bafômetro próprio e depois no dos policiais. Vanderic negou o pedido e disse que o bafômetro da polícia segue parâmetros e tem a validade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Depois das tentativas, a mulher aceitou fazer o teste no bafômetro da polícia, que indicou ingestão do dobro do limite permitido. "A senhora bebeu bastante", confirma o delegado em seguida.
No Brasil, é adotada a política de Tolerância Zero, mas há uma margem de erro dada à aferição do aparelho, que é 0,04 mg/l (miligramas de álcool por litros de ar expelido dos pulmões). De 0,05 mg/l a 0,33mg, o motorista comete uma infração de trânsito gravíssima. Acima desse valor, já é considerado crime de trânsito. O UOL questionou a Polícia Civil sobre os procedimentos adotados após a constatação da embriaguez e aguarda o retorno.
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