Homem picha fachada de sinagoga em Santos: 'Palestina livre' e 'paz'

Federação Israelita de São Paulo informou que será feito um boletim de ocorrência. O presidente executivo da entidade, Ricardo Berkiensztat, disse que as imagens foram cedidas às autoridades locais.

"Nos preocupa essa importação do conflito", declarou o presidente executivo da Federação Israelita. "Ainda mais em Santos, que é uma cidade que nunca teve histórico; pelo contrário, as comunidades vivem muito bem em Santos e no estado de São Paulo como um todo."

Berkiensztat classificou o ato como "antissemita". "Não ajuda em nada a causa Palestina, pois esse é um ataque à religião, e não ao Estado. A normalização desse tipo de protesto, onde templos religiosos têm sido vandalizados, tanto aqui no Brasil quanto no mundo, se trata de antissemitismo e tem produzido muitos danos."

Procurada pelo UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que ainda não foi registrado boletim de ocorrência sobre o caso.

Pichação é crime.A proibição tem como base a lei de crimes ambientais que prevê penas de detenção de três meses a um ano e multa.

Guerra entre Israel e Hamas

Guerra entre Israel e Hamas teve início no dia 7 de outubro de 2023. Combatentes do Hamas invadiram o território de Israel e assassinaram quase 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades israelenses.

O Hamas também sequestrou quase 250 pessoas — 129 permanecem como reféns em Gaza, segundo Israel.

Em resposta, as forças de defesa de Israel invadiram Gaza. O governo israelense promoveu intensos bombardeios e uma ofensiva terrestre.

São ao menos 22 mil mortos em Gaza, segundo autoridades locais — a maioria mulheres e menores de idade, conforme balanço publicado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas.

ONU e OMS condenaram ataques de Israel a Gaza. "Centenas de pessoas foram mortas. Gaza está de joelhos", disse o chefe da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, em outubro. Já a Organização Mundial da Saúde condenou, na ocasião, um ataque a um hospital no norte da Faixa de Gaza.

Assembleia da ONU aprovou 'trégua' em Gaza. Em outubro de 2023, a Assembleia Geral da ONU aprovou por ampla maioria uma resolução que pede uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza.

Mas os governos dos EUA e de Israel votaram contra o projeto. China e Rússia apoiaram a resolução. Na Europa, houve uma ruptura, com a França e a Espanha apoiando o texto, enquanto a Alemanha e a Itália optaram pela abstenção.