Conteúdo publicado há 4 meses

Paes diz que criminosos cobram R$ 500 mil para liberar obra no Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse que criminosos estão cobrando R$ 500 mil para liberar obras do novo Parque Piedade, na zona norte da cidade.

O que aconteceu

Paes disse que a cobrança foi feita diretamente à empreiteira responsável pelas obras. "Ameaçam paralisar as obras, caso o pagamento não aconteça. Obviamente, não vamos aceitar", escreveu no X, antigo Twitter.

Prefeito marcou os perfis da PF (Polícia Federal) e do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.

Cappelli respondeu a Paes e afirmou que a pasta recebeu relatos semelhantes de prefeitos de outras cidades do Rio de Janeiro. "O crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento. A empreiteira não pode pagar nada, é inaceitável este estado paralelo. Vamos pra cima destes bandidos".

Por meio de nota, a Secretaria de Ordem Pública disse que "não tolera esse tipo de atitude". O secretário Brenno Carnevale denunciou o caso aos órgãos de segurança. "A Prefeitura do Rio e a SEOP reforçam que não toleram esse tipo de atitude e não medirão esforços para auxiliar na investigação".

A Polícia Federal do Rio de Janeiro disse que ainda é preciso confirmar se a denúncia foi formalizada. "Posteriormente, com os detalhes da denúncia, a Corregedoria irá avaliar se o caso é ou não de atribuição da Polícia Federal".

Parque Piedade

A Prefeitura do Rio implodiu em novembro último quatro prédios da antiga Universidade Gama Filho, em Piedade, na zona norte.

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Implosão é para dar lugar ao Parque Piedade. Os prédios da antiga universidade estavam abandonados desde 2014, quando houve a falência da instituição.

Com uma área de aproximadamente 18 mil metros quadrados, a nova área de lazer integra os planos de revitalização da região. O prazo para conclusão da obra é de 15 meses. O valor pago pelas desapropriações foi de R$ 54 milhões.

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