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Delegado alvo de buscas escreveu livro sobre investigação do caso Marielle

O delegado Giniton Lages, ex-titular na DHC (Delegacia de Homicídios da Capital), alvo de buscas na manhã de hoje, escreveu um livro sobre Marielle Franco (Psol). Ele foi o primeiro a chefiar as investigações sobre a morte da vereadora, mas admitiu erros e foi trocado.

O que aconteceu

Após a mudança, Lages escreveu um livro denominado "Quem matou Marielle?", com 284 páginas, lançado pela editora Matrix. Na capa, a publicação descreve "os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo revelados pelo delegado que comandou a investigação".

Com as investigações vieram à tona diversas informações sobre o submundo do crime no Rio de Janeiro, as conexões com as milícias e, principalmente, a grande dúvida sobre quem foi o mandante da execução. Trecho da descrição do livro

Na dedicatória, Giniton diz dedicar a obra "aos policiais civis da DHC que tanto se empenharam na execução dessa investigação". Em sites de vendas, o livro "Quem matou Marielle?" é vendido pelo preço de R$ 32.

Giniton deixou o caso um ano depois, em março de 2019, logo após as prisões dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados do crime. Outros quatro delegados vieram depois.

Neste domingo, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a PF (Polícia Federal) a realizar buscas na casa do delegado, no Rio de Janeiro, além de afastá-lo de suas funções na Polícia Civil.

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Giniton chegou a declarar que "se apaixonou" por Marielle Franco durante a investigação que realizou.

Existem alguns casos que mexem demais com a humanidade do policial. E o caso Marielle foi um desses. Não só para mim, mas para toda a equipe. Giniton Lages, ex-titular nas investigações do caso Marielle

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