Conteúdo publicado há 1 mês

Levar Domingos Brazão a presídio federal é uma violência, diz advogado

Ubiratan Guedes, advogado de Domingos Brazão, classificou como "arbitrariedade e violência" a condução de seu cliente ao presídio federal em Brasília. O defensor do conselheiro do TCE-RJ ainda afirmou, em entrevista ao UOL News nesta segunda (25), que "era esperado" o STF decidir pela manutenção da prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco.

Ainda não tive tempo de ler o relatório porque estava envolvido nesta arbitrariedade que ocorreu. Prende-se um cidadão, sendo que ele não foi denunciado. Quando ele chega na Polícia Federal, é comunicado que vai para um presídio federal. Isso é uma violência.

Causou-me surpresa que quase todos estão apoiando essa decisão. Isso também não pode. Deve haver requisitos para botar um cidadão em um presídio de segurança máxima. Não é assim. Ele nega [envolvimento na morte de Marielle] e acredito na versão do meu cliente. Se eu não acreditasse, não iria defendê-lo. Ubiratan Guedes, advogado de Domingos Brazão.

Guedes disse que a prisão de Domingos Brazão contraria as definições do Código de Processo Penal e que seu cliente deveria responder em liberdade.

Atualmente em nosso país primeiro se prende para depois se julgar. A prisão é a última decisão no processo penal. Aqui, a prisão antecipada quase se torna um requisito da ação penal. Todos aceitam e ficam contentes quando há uma prisão preventiva.

O Código de Processo Penal não autoriza isso. Há requisitos necessários para a prisão antecipada, como garantia da ordem pública e aplicação da lei penal. Ele é um conselheiro e não vai fugir. A ordem pública não estava abalada. Ele poderia e deveria aguardar a solução da ação penal em liberdade. Ubiratan Guedes, advogado de Domingos Brazão.

Freixo: Caso Marielle só foi resolvido porque Lula assumiu poder e mudou PF

A vitória eleitoral de Lula e a mudança que o petista promoveu na Polícia Federal foram decisivas para que o caso Marielle fosse solucionado, afirmou o presidente da Embratur e ex-deputado federal Marcelo Freixo.

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O crime da Marielle só foi solucionado porque o Lula assumiu o poder e mudou a Polícia Federal. Se não fosse isso, não teria resolvido o caso Marielle. Ponto. A eleição e a mudança das instituições não são um detalhe. Se o Andrei [Rodrigues] não tivesse assumido a PF, o caso Marielle não teria sido resolvido. Ontem seria um domingo de chuva normal no Rio de Janeiro. Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-deputado federal

Tales: Caso Marielle não está encerrado; falta detalhar motivação e demora

A prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco não encerra o caso, já que ainda falta esclarecer alguns pontos importantes sobre o crime, comentou Tales Faria. O colunista também questionou a lentidão nas investigações da Polícia Federal sobre o trabalho das autoridades do Rio de Janeiro.

A motivação, explicada pelo ministro [Ricardo] Lewandowski, parece-me algo muito simples para um assassinato. Se for isso, temos que levantar outros casos. Certamente o [Chiquinho] Brazão teve desavenças com muitas outras pessoas na Câmara Federal. E por que não matou? E por que nesse caso [da Marielle] matou? Ainda há muitos fatos nebulosos para dizermos que este caso está encerrado. Não está, definitivamente. Tales Faria, colunista do UOL

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