Conteúdo publicado há 1 mês

Por unanimidade, turma do STF mantém prisão de suspeitos no caso Marielle

A 1ª Turma do STF decidiu, por unanimidade, manter a prisão dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

O que aconteceu

Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux votaram para validar a decisão de Alexandre de Moraes, relator do caso. No domingo (24), ele autorizou a operação da PF e determinou a prisão preventiva de Chiquinho Brazão (sem partido), Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa.

Moraes convocou a 1ª Turma do STF para analisar as prisões preventivas. Ministros se manifestaram em sessão no plenário virtual.

Segundo a investigação da PF, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa mandaram matar Marielle porque ela contrariava interesses das milícias que atuam na zona oeste do Rio. As milícias têm ligação com a família Brazão.

Quem são os presos

  • Domingos Brazão

Político carioca, Domingos Inácio Brazão, 59, foi assessor na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Depois, vereador, entre 1997 e 1999, pelos partidos PT do B (atual Avante) e PL.

Foi eleito deputado estadual em 1999 e ocupou o cargo até 2015. Posteriormente, virou conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O órgão é auxiliar do Poder Legislativo e tem como função fiscalizar a movimentação financeira do estado.

Uma reportagem do UOL, em 2019, contava que ele era chefe de um clã cujo reduto eleitoral abrangia bairros da zona oeste do Rio dominados por milícias. Domingos nasceu na região, no bairro de Jacarepaguá.

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  • Chiquinho Brazão

Já Chiquinho Brazão (União-RJ) foi eleito pela primeira vez em 2018. É deputado federal e tem uma atuação parlamentar discreta. Relatou somente oito projetos.

O setor mais presente na atuação parlamentar de Chiquinho é a economia. Há três projetos relativos ao tema que estão sob relatoria do deputado.

  • Rivaldo Barbosa

Rivaldo Barbosa também foi citado na delação de Lessa. Ele tornou-se chefe da polícia um dia antes da morte de Marielle, nomeado pelo general Walter Braga Netto. Rivaldo foi anunciado para o cargo em 22 de fevereiro, durante intervenção federal no Rio, e empossado em 13 de março de 2018.

Suspeito de receber propina para obstruir investigações. Em relatório enviado ao Ministério Público em 2019, a Polícia Federal apontou Rivaldo como suspeito de receber R$ 400 mil para evitar o avanço das investigações sobre autoria. Na ocasião, ele negou o recebimento de propina e a obstrução do caso.

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