MP-RJ recorre contra prisão domiciliar para padre suspeito de estupro
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) recorreu, na segunda-feira (15), da decisão que concedeu prisão domiciliar ao padre Alexandre Paciolli, denunciado por estupro e importunação sexual.
O que aconteceu
Não há provas de que o padre estivesse "extremamente debilitado", diz MP. A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Nova Friburgo argumenta que o padre não comprovou estar "extremamente debilitado por motivo de doença grave", como a defesa alegou para conseguir a conversão da prisão.
O MP-RJ diz que não foi dada a oportunidade para a Secretaria de Administração Penitenciária se posicionar. A pasta poderia informar se forneceria os cuidados pós-operatórios que o ex-chefe da igreja da PUC-Rio alega necessitar após uma cirurgia de coluna realizada em 20 de março.
A promotoria ainda ressaltou a "intensa ligação" do padre com o Vaticano: "Se deslocando para a cidade de Roma com frequência e facilidade, o que pode prejudicar a instrução processual, e que há outras tantas vítimas e testemunhas que se sentiram encorajadas a prestar depoimento após a prisão do denunciado".
O caso está em segredo de Justiça e, por isso, o UOL não conseguiu identificar quem faz a defesa do padre. O espaço fica aberto para manifestações.
Relembre o caso
O padre foi preso no último dia 3 após ser denunciado pelo MP-RJ por estupro e importunação sexual.
Alexandre Paciolli foi denunciado pelo estupro e importunação de uma fiel em Nova Friburgo. Abusos aconteceram em agosto de 2022 e janeiro de 2023. Ele foi preso preventivamente na tarde de quarta-feira (3), em Fortaleza, na casa do pai dele.
O MP-RJ disse que o padre se aproveitou da ingenuidade e da fé da mulher. "Sob o pretexto de estar sentido fortes dores, passou a praticar atos libidinosos com a vítima, que, tendo o denunciado como seu sagrado protetor, não conseguiu oferecer resistência."
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