Ouvidoria pede afastamento de PMs envolvidos em operação em Paraisópolis
A ouvidoria das polícias de São Paulo pediu o afastamento dos PMs envolvidos na operação desta quarta-feira (17) em Paraisópolis, na zona sul, que terminou com um menino de sete anos baleado.
O que aconteceu
O órgão diz que enviou ofício pedindo que os policiais sejam afastados no início desta tarde. Segundo a ouvidoria, o pedido também tem como alvos os PMs que foram filmados coletando objetos do chão no local onde a operação foi realizada.
"Ações viriam a obstruir o trabalho da perícia no local", afirma a ouvidoria. O órgão diz que também pediu a abertura de um inquérito pela Polícia Civil, acesso a laudos periciais, imagens das câmeras corporais dos policiais e do local da operação no momento em que ela era realizada.
Reafirmamos nossa confiança na boa condução de nossas forças de segurança no caso, ao mesmo tempo em que enfatizamos a urgente e necessária discussão sobre a tecnicalidade dessas operações e a saúde mental e preparo psicológico da tropa, a fim de garantir segurança sem o importe de mortos e feridos inocentes. Claudio Silva, ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo
Menino de 7 anos foi baleado
A criança ficou ferida após suposta troca de tiros da PM com criminosos. Os policiais faziam patrulhamento na região quando foram recebidos com disparos, disse um líder comunitário. O tiroteio ocorreu na Viela Passarinho.
Vítima foi encaminhada para o Hospital Campo Limpo. Os moradores da região afirmam que, após o tiroteio, foi constatado que ela estava com um ferimento na cabeça. Ele foi atendido na AMA Paraisópolis antes de ir para o hospital.
Secretaria Municipal da Saúde diz que a criança tem estado de saúde estável. Segundo a pasta, o menino está recebendo todos os cuidados necessários.
Moradores gravaram PMs pegando objetos no chão
Grupo de policiais aparece recolhendo objetos e fechando viela com fita de isolamento. Nas imagens, os policiais apontam para coisas no chão, se agacham e as pegam. Não é possível dizer o que são esses objetos.
A SSP disse que "tudo está sendo apurado por meio do IPM (Inquérito Policial Militar) instaurado". O UOL também entrou em contato com a PM de São Paulo, mas ainda não obteve retorno.
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