Chuvas no RS: Vídeos mostram pontes desabando e cidades tomadas pela água
Imagens cedidas por prefeituras ou divulgadas nas redes sociais mostram retratos de alagamentos, queda de pontes e enchentes causadas pelas fortes chuvas que atingem mais de cem cidades do Rio Grande do Sul desde sábado (27).
Estado de calamidade no RS
O governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade pública no estado. As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3 — "caracterizados por danos e prejuízos elevados".
O decreto tem um prazo de 180 dias. "A situação de anormalidade declarada em âmbito estadual por este Decreto, não obsta o início ou o prosseguimento da declaração em âmbito local pelos Municípios, que poderão avaliadas e homologadas pelo Estado", diz o texto.
Pelo menos 29 pessoas morreram desde o último sábado (27) no Rio Grande do Sul por causa das chuvas e enchentes. Os números foram divulgados na noite desta quinta-feira (2) pelo governador do estado, Eduardo Leite. Há 60 desaparecidos no estado.
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Entenda a situação das chuvas no RS
Um rio atmosférico persistente é o responsável por agravar a situação das chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo o Metsul, o corredor de umidade, que ainda deve durar vários dias, está "transportando grande quantidade de umidade da região amazônica pelo interior do continente até o território gaúcho".
Fenômeno climático, também conhecido como "rio voador", ajuda a explicar tragédias no Brasil. Assim como a água corre na superfície, também existem fluxos massivos de água nos céus. Na América do Sul, um desses enormes corredores de umidade atmosférica vai justamente da região amazônica até o Centro-Sul do Brasil.
Esse "rio voador" carrega parte da água que evapora no norte para outras partes do território nacional. Então, parte dessa umidade cai como chuva. Combinado com ventos de alta velocidade, o ar úmido produz chuva pesada e até neve — a depender da região no mundo em que acontece. Esses eventos extremos de precipitação podem levar a chuvas repentinas e intensas, causando danos catastróficos à sociedade.
Dados indicam que este rio atmosférico seguirá atuando entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai durante grande parte desta primeira semana de maio, ainda de acordo com o Metsul. O instituto de meteorologia reforça ainda sobre a formação de "fortes a intensas áreas de instabilidade com volumes de chuva excessivos e temporais isolados com granizo e vendavais".
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