Mais de 30 m de altura: o que é e pra que serve barragem que rompeu no RS

Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, anunciou por meio das redes sociais um rompimento parcial da barragem da Usina 14 de Julho, que fica entre Cotiporã e Bento Gonçalves (RS) e compreende os rios Antas e Taquari.

A informação foi confirmada pelo governo do Rio Grande do Sul. Fortes chuvas que atingem o estado desde 24 de abril já deixaram pelo menos 21 mortos, com outras 21 pessoas desaparecidas.

Com mais de 30 metros, para que é usada a barragem rompida?

Juntas, as três hidrelétricas formam o complexo energético Rio das Antas, operado pela Ceran. A 14 de Julho opera desde 2008 e serve para gerar energia elétrica para a região.

Barragem 14 de Julho antes do rompimento
Barragem 14 de Julho antes do rompimento Imagem: Divulgação

A hidrelétrica 14 de Julho possui 100 megawatts (MW) de potência instalada. Segundo informações do site da companhia, a Usina tem uma estrutura com mais de 30 metros de altura e uma potência instalada de 100 megawatts (MW). A barragem produziu 369.768 MWh em 2022.

Ela é uma barragem de gravidade, feita com concreto compactado a rolo, e ganha esse nome por usar o próprio peso para conter a água.

Já as usinas Castro Alves e a Monte Claro têm 130 MW cada uma, totalizando 360 MW no complexo energético localizado na região nordeste do Rio Grande do Sul.

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A usina 14 de Julho, [rompida parcialmente] já estava em estado de alerta e teve o plano de ação de emergência colocado em prática na quarta-feira (1º), em coordenação com as Defesas Civis da região, acarretando acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança.

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Quem é o responsável pelo complexo energético?

A Ceran é controlada pela CPFL - Geração de Energia, que detém 65% da companhia. A Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G) possui 30% e a Statkraft Energias Renováveis detém os demais 5%, segundo informações disponibilizadas no site da empresa. Procurada para comentar a situação da usina, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não se pronunciou.

Como aconteceu o rompimento?

"O rompimento parcial dessa barragem se deu do lado direito, onde não estão as comportas. Então, para evitar mais pressão e que ela possa colapsar integralmente, a gente precisa acessar, com os técnicos da companhia [Ceran - Companhia Energética Rio das Antas], essas comportas para sua abertura, reduzindo a pressão dessa barragem. Porque se não conseguirmos e colapsar a sua estrutura integralmente, aí sim teremos um volume maior de águas", explicou o secretário Artur Lemos em entrevista à CNN.

A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que opera a usina 14 de Julho, informou que detectou às 13h40 desta quinta-feira, 2, o rompimento parcial do trecho direito da barragem da usina.

Segundo a empresa, o rompimento ocorreu devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde a terça-feira, 30.

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A empresa acrescentou que as barragens das usinas Monte Claro e Castro Alves encontram-se em estado de atenção e seguem sendo monitoradas.

*Com informações da Agência Estado.

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