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Chuvas no RS: Governo instalará escritório de monitoramento em Porto Alegre

O governo federal instalará um escritório de monitoramento em Porto Alegre, a partir de segunda-feira (6), em razão das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e já deixaram ao menos 41 mortos até esta sexta-feira (3).

O que aconteceu

Local servirá para concentrar as informações sobre as ações de apoio federal ao estado. De acordo com o governo, as equipes federais trabalharão em conjunto com o general Hertz Pires do Nascimento, da coordenação militar do sul. A decisão para abertura do escritório foi tomada após segunda reunião no Palácio do Planalto sobre a situação no estado. O terceiro encontro da equipe federal está previsto para ocorrer no sábado (4), às 14h (horário de Brasília).

Ministros irão para Porto Alegre no sábado (4) para auxiliar na instalação do escritório. Os ministros Waldez Góes (da Integração e do Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), além de membros de outros órgãos do governo, viajarão para a cidade.

Escritório fará contato não apenas com o estado, mas também com os prefeitos das cidades afetadas, diz ministro. "A gente vai começar a organizar uma ação que, esperamos, entre numa nova fase, com a diminuição das chuvas e o recuo das águas, o que deve ocorrer a partir de segunda-feira (6)", afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Sala de Situação instalada em Brasília, na quinta-feira (2), seguirá funcionando. Segundo o governo, o espaço deverá traçar novas estratégias de apoio ao Rio Grande do Sul.

Ministro do Desenvolvimento Regional diz que situação é "desafiadora". "Neste momento, o foco é na assistência humanitária, em salvar vidas, em atender realmente às pessoas porque depois nós teremos muito trabalho no pós-alagamento. Só que o que está acontecendo é desafiador", afirmou Góes à CNN Brasil.

Entenda a situação das chuvas no RS

Um rio atmosférico persistente é o responsável por agravar a situação das chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo o Metsul, o corredor de umidade, que ainda deve durar vários dias, está "transportando grande quantidade de umidade da região amazônica pelo interior do continente até o território gaúcho".

Fenômeno climático, também conhecido como "rio voador", ajuda a explicar tragédias no Brasil. Assim como a água corre na superfície, também existem fluxos massivos de água nos céus. Na América do Sul, um desses enormes corredores de umidade atmosférica vai justamente da região amazônica até o Centro-Sul do Brasil.

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Esse "rio voador" carrega parte da água que evapora no norte para outras partes do território nacional. Então, parte dessa umidade cai como chuva. Combinado com ventos de alta velocidade, o ar úmido produz chuva pesada e até neve — a depender da região no mundo em que acontece. Esses eventos extremos de precipitação podem levar a chuvas repentinas e intensas, causando danos catastróficos à sociedade.

Dados indicam que este rio atmosférico seguirá atuando entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai durante grande parte desta primeira semana de maio, ainda de acordo com o Metsul. O instituto de meteorologia reforça ainda sobre a formação de "fortes a intensas áreas de instabilidade com volumes de chuva excessivos e temporais isolados com granizo e vendavais".

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