Prefeito determina suspensão de aulas por três dias em Porto Alegre

A Prefeitura de Porto Alegre determinou a suspensão das aulas na rede municipal por mais três dias devido às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Nova avaliação será feita por autoridades na quarta-feira (8). O prefeito Sebastião Melo (MDB) sugeriu que, devido à gravidade da situação, estabelecimentos privados também suspendam as aulas.

Eu decretei agora à tarde a suspensão das aulas na rede municipal por três dias. E combinei com o Sinepe [Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul]... recomendei ao setor privado que não tenha aula nos próximos para a gente avaliar na quarta-feira. Porque sem água, sem luz e com alagamento se recomenda a fazer isso. Sebastião Melo, durante entrevista coletiva

É um momento extremamente difícil para nossa cidade e para o Estado, hora de união de esforços, resgate e acolhimento. Estamos em contato constante com as gestões escolares para que nossas escolas, que estejam em boas condições, sejam ponto de acolhimento e suporte aos alunos e à comunidade. José Paulo da Rocha, secretário municipal de Educação

Algumas unidades escolares estão atuando como alojamento provisório de moradores de áreas atingidas pela enchente.

Prefeitura mobilizou profissionais para apoio psicológico e assistência social. Nas escolas municipais, além do acolhimento e alimentação, está sendo disponibilizado aos atingidos apoio de uma equipe de mais de 50 psicológicos e assistentes sociais, da ABESS (Associação Brasileira de Educação, Saúde e Assistência).

Os alimentos disponíveis nos estoques das escolas foram disponibilizados para unidades que servem de abrigo. Os excedentes estão sendo doados para produção de refeições aos desabrigados.

Número de mortos sobe no RS

A Defesa Civil informou que subiu para 78 o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem todo o estado do Rio Grande do Sul. A última atualização foi divulgada no início da noite deste domingo (5).

Autoridades ainda investigam 4 mortes que podem estar relacionadas aos temporais. São 105 desaparecidos e 175 feridos, segundo o boletim da Defesa Civil Estadual.

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Ao todo, 844.673 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Ao menos ficaram 115.844 mil desalojadas e 18.487 mil estão em abrigos.

Dos 497 municípios gaúchos, 341 sofreram alguma consequência dos temporais. Na região metropolitana de Porto Alegre, a água deixou pessoas ilhadas e fechou hospitais em Canoas. O clima é de "zona de guerra".

No domingo (5), chuva ficará mais isolada no Rio Grande do Sul. De acordo com o Climatempo, as chuvas devem ter volume menor e serem menos duradoura, ocorrendo na forma de pancadas, com raios e eventuais rajadas de vento.

Nível do Guaíba é de 5,25 metros, às 17h, neste domingo. Os dados são da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No sábado (4), ele já havia superado a marca atingida no ano de 1941 (de 4,76 metros de altura), quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha.

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