Conteúdo publicado há 7 meses

Médico investigado por morte de idosos em MT tem registro suspenso

O médico Bruno Gemilaki Dal Poz, denunciado pela morte de dois idosos durante a invasão a uma casa em Mato Grosso, teve o registro profissional suspenso.

O que aconteceu

Médico, de 28 anos, recebeu punição por violar artigos do Código de Ética Médica. Por decisão do CRM-MT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso), ele fica impedido de exercer a profissão até o fim do processo ético-profissional. Análise da interdição cautelar foi realizada na terça-feira (21).

Participação no crime e omissão de socorro. Conselheiros entenderam que além de participar no crime, ele não prestou atendimento às vítimas - que é um dever do profissional.

Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art.. 30 do Código de Processo Ético-Profissional.
Nota do CRM-MT

Bruno Gemilaki está preso desde o dia 23 de abril, dois dias após o crime. Além dele, estão detidos e foram denunciados a mãe dele, Ines Gemilaki, 48, e o cunhado da mulher, Eder Gonçalves Rodrigues, 40,

O UOL tenta localizar a defesa do médico. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre caso

Inês Gemilaki e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz mataram dois idosos a tiros. Os atingidos faziam parte de um grupo de dez pessoas que estavam no local para um almoço.

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Mãe e filho atiravam "de forma indiscriminada". Eles não deram nenhuma chance de defesa ou fuga para as vítimas, de acordo com a polícia.

Três pessoas foram atingidas. Nas imagens, é possível ver quando a mulher entra na casa e atira em um idoso que está escondido atrás do sofá.

Suspeitos registraram boletim de ocorrência contra o proprietário da casa horas antes do crime. O alvo dos criminosos não foi atingido pelos disparos, segundo a delegada Anna Paula Marien.

A família de Inês tinha dívidas com o homem, diz a polícia. "A suspeita locava o imóvel do proprietário e, ao sair, deixou algumas dívidas, o que gerou uma ação judicial. A partir daí, houve várias discussões e desentendimentos entre eles, o que resultou nesse crime bárbaro." As apurações ainda indicaram que o alvo dos criminosos teria feito ameaças públicas contra os investigados.

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