Conteúdo publicado há 6 meses

Influencer do Jogo do Tigrinho entra na lista de procurados da Interpol

O influencer Eduardo Felipe Campelo, 30, entrou na lista de procurados da Interpol após sair do país. Ele é suspeito de lesar seguidores por meio do Jogo do Tigrinho.

O que aconteceu

Eduardo é investigado por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro após divulgar o Jogo do Tigrinho. Ele tem mais de 100 mil seguidores nas redes sociais, movimentou cerca de R$ 8,5 milhões com o jogo e ostenta uma vida de luxo.

Influencer foi preso em novembro do ano passado, mas liberado dias depois com a condição de que não divulgasse mais jogos de azar na internet nem saísse do Paraná sem aviso prévio ao juiz da comarca. Em abril, ele viajou com a esposa para comemorar a lua de mel em Dubai.

A polícia sabe que Eduardo continua nos Emirados Árabes porque monitora posts em suas redes sociais. Quem entra na lista de procurados da Interpol pode ser preso por qualquer agente estrangeiro em qualquer lugar do mundo.

Dois amigos de Eduardo já foram presos. Em 13 de maio, a Polícia Civil do Paraná fez uma operação para prendê-los preventivamente e suspender seus perfis em redes sociais. Segundo a investigação, os três formam uma organização criminosa.

Se for preso, Eduardo será extraditado para o Brasil. Ele deve responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular, exploração de jogo de azar e exploração de loteria não autorizada.

De motoboy à vida de luxo

Eduardo começou a vida sendo motoboy. Sem ensino superior, ele se dedicava boa parte fazendo entregas para ajudar financeiramente a família. Perdeu a mãe há pouco mais de seis anos, quando também teve o seu filho.

Os negócios dentro dos jogos de azar teriam começado há pouco mais de três anos. No Brasil, Eduardo morava em uma casa alugada na cidade de Pinhais, avaliada em cerca de R$ 2 milhões de reais.

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Defesa diz que não há provas de que ele movimentou dinheiro por causa dos jogos. "Entendemos de todas as formas que essas prisões são totalmente ilegais. Vamos entrar com recurso no Tribunal de Justiça para derrubar elas", afirmou o advogado Jackson Bahls.

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