Suspeito de matar família em SP morreu após queda acidental, dizem amigos
Amigos do adolescente de 15 anos suspeito de assassinar uma família em Agudos (SP) disseram à polícia que ele morreu após uma queda acidental.
O que aconteceu
Corpo do jovem foi encontrado na manhã de segunda (27), em Bauru (SP). Ele estava em um prédio abandonado na avenida Doutor Adolpho Miraglia.
Polícia chegou aos três amigos depois de analisar 2.000 vídeos e 48 horas de gravações, segundo o delegado Cledson Nascimento. Eles têm 16, 18 e 20 anos e são moradores de Agudos.
Imagens mostram quatro pessoas entrando no prédio e apenas três saindo. Em depoimento à polícia, eles disseram que, no sábado (25), após usarem maconha, resolveram ir a Bauru e compraram tintas spray para pichação e "respingo de solda" para usarem como alucinógeno, além de salgados, refrigerantes e lanches. Tudo teria sido custeado pelo adolescente suspeito dos assassinatos.
Na versão dos três, quando saíam do local, o adolescente disse que voltaria para pegar seus chinelos e logo em seguida escutaram um forte estrondo. Quando foram verificar o que tinha acontecido encontraram o amigo caído no vão lateral do prédio, com vários ferimentos.
Eles mexeram no corpo e retiraram a bermuda do jovem para pegar o resto do dinheiro que estava com ele, cerca de R$ 30. Depois, voltaram para Agudos e combinaram de não contar o que havia acontecido a ninguém.
Eles alegaram que não pediram socorro porque temiam ser responsabilizados pela morte. Embora o laudo necroscópico ainda não tenha ficado pronto, não foram encontradas lesões de defesa ou algo que indicasse uma agressão anterior ao adolescente. As lesões eram compatíveis com a queda. Por isso, o trio foi liberado depois de prestar depoimento e ser submetido a exame de corpo de delito.
Crime em Agudos
Adolescente era suspeito de matar três pessoas da mesma família. As vítimas foram identificadas no domingo (26) como Aparecido Roberto Carrasco, 74; Joana Fátima Sanches Carrasco, 70; e Valdinei de Souza, 57, genro do casal de idosos. Eles foram encontrados mortos e com marcas de violência em 24 de maio.
Corpos foram achados pela filha dos idosos e esposa de Valdinei. Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a mulher relatou que estava preocupada porque o marido havia saído para se exercitar pela manhã, sem levar o celular, e sumiu sem dar notícias. Ela disse que ele tinha o hábito de fazer caminhadas e costumava passar pela casa dos sogros.
Vítimas estavam em três cômodos separados. Preocupada com o sumiço do marido, a mulher foi até a casa dos pais. Ao chegar lá, encontrou com os três mortos, um em cada quarto da casa. Não havia sinais de arrombamento no local e nenhum objeto de valor foi roubado, ainda segundo a SSP.
Polícia ainda não descobriu a motivação do crime. Os três corpos foram velados e sepultados no Cemitério Municipal de Agudos.
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