Mãe de suspeito de matar a esposa diz ter sido agredida por policiais em GO
A sogra de Fábia Cristina Santos, 43, pedagoga achada morta após desaparecer com o marido em Goiás, disse que foi agredida por agentes da Polícia Civil.
O que aconteceu
Laura Rosa de Jesus, 66, teria sido agredida pelos policiais durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, em Quirinópolis, no dia 2 de maio. As informações foram repassadas pela advogada da idosa, Rosemere Oliveira, e o caso foi denunciado junto ao Ministério Público do estado.
A idosa sofreu diversos ferimentos no corpo, afirma a advogada. Conforme Oliveira, Laura foi agredida com socos, fraturou quatro costelas, sofreu duas fraturas no fêmur, corte no supercílio e está com dificuldades de locomoção em decorrência das agressões.
Policiais teriam xingado Laura e outros familiares. Os agentes, supostamente, acreditavam que eles estivessem escondendo Douglas José de Jesus, marido de Fábia, investigado pela morte da pedagoga — naquela data, o corpo do homem ainda não tinha sido encontrado pela polícia, o que só aconteceu em 11 de maio.
Caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás. Em nota, a corporação informou que a denúncia é apurada pela Superintendência de Correições e Disciplina. O Ministério Público estadual informou que solicitou exame de corpo de delito na idosa e vai ouvir testemunhas para a adoção das medidas cabíveis.
Relembre o caso
Fábia Cristina Santos e o marido, Douglas José de Jesus, desapareceram em 9 de março. Eles estavam a caminho de Quirinópolis para a missa de sétimo dia do pai da mulher.
Corpo de Fábia foi encontrado em estado avançado de decomposição no dia 23 de abril. O cadáver estava dentro do automóvel do casal, entre os municípios de Goianira e Trindade.
Marido tinha mandado de prisão em aberto. Inicialmente, os investigadores acreditavam que o casal havia sumido junto devido o passado criminoso de Douglas, mas agora a polícia acredita que o marido matou Fábia e se suicidou — o corpo dele foi encontrado em um matagal no município de Trindade em 11 de maio.
Caminhoneiro era foragido da Justiça. Douglas está foragido há 28 anos por um duplo homicídio praticado em 1996. Segundo a polícia, ele e Fábia fugiram juntos e ficaram mais de um ano sem falar com a família. Douglas também usava o nome de um irmão para não ser localizado.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Procure ajuda
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.
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